Fosk@-se! Existem limites para a hipocrisia. Um político, sobretudo um primeiro-ministro, tem responsabilidades que em momento algum podem sequer sugerir que está a gozar com uma classe profissional. Neste caso, não aparenta, é nítido gozo. É enxovalhar uma classe muito digna, em que existem, como em todas, alguns maus profissionais, e que pode ter cometido alguns erros durante as suas lutas. Isto, porém, não dá o direito a quem quer que seja e muito menos ao chefe do governo de todos os portugueses - e não apenas daqueles que erguem o punho cerrado –, com a maior das displicências, sopetear os professores.
Não há volta a dar às palavras de António Costa. Depois de lhes "roubar" seis anos de tempo de serviço, é nítida a tentativa de amarfanhar e amarrotar os docentes quando afirma “quem melhor ensina as crianças é também quem melhor sabe definir o que as crianças precisam e como podem aprender. São os professores e as professoras. A todos e a todas, no final deste ano lectivo, muitos parabéns pelo que fizeram, bom trabalho para o futuro”.
Por mim, rejeito por completo este tributo. Aquele que sei sincero, que advém dos alunos, dos pais e da comunidade educativa, aceito de bom agrado.