Todos sonhamos. Aliás é uma necessidade, pois um homem sem sonhos é alguém sem futuro. É nestes dias de imenso frio e abundante chuva, em que o Inverno - principalmente este - é pródigo, que digo, com toda a sinceridade, que me apetece falar de férias. E, para mim, falar de férias é, para além de nada fazer, calor e praia.
Bem sei que férias e escapadelas não são, pelo menos para já, para marcar na minha agenda. Não quero decidir o destino concreto e muito menos desejo iniciar os preparativos. Não estou minimamente preocupado com passaportes e vistos, guias de viagem, que roupa levarei ou, então, onde deixar o cão ou o gato. A questão das vacinas, caso o rumo me possa levar a um local mais exótico, também não se coloca.
Verdadeiramente, o que, neste momento, gostava era de gozar umas férias. Económicas, uma vez que o dinheiro está pela hora da morte, e bem acompanhado. Durante o dia, muito sol e o mar a banhar os pés. Saborear um peixe acabado de grelhar, acompanhado por um bom vinho branco fresco. A terminar o dia, um passeio tranquilo para apreciar a noite cálida, bebendo aqui e/ou ali uma cerveja gelada.
Careço de me perder num trajecto qualquer, deixando-me seduzir pela beleza da sua paisagem – todos os locais são belos -, de modo a conhecer o seu património natural e descobrir os seus locais pitorescos e a sua gastronomia.
Há quem afirme que sozinho ou acompanhado o bom é ir. Não comungo, de modo algum, desta opinião. Por isso, mais concretamente, por falta de companhia, é que não parto já amanhã.