Este é mais um dia em que me apresento com uma cachola do tamanho do universo. Não é do mundo, é do universo, repito. Durante toda a manhã choveu, como se costuma dizer, a cântaros. A maior parte do resto do dia continuou a chover, quase me impedindo de fazer o mínimo dos mínimos.
Confinado a casa, andando de um lado para o outro, fazendo isto e aquilo, sem qualquer premência, arrumando o que já estava organizado, para, a seguir, desarrumar para me sentir, de alguma forma útil. Sinceramente, de proveitoso apenas fiz o almoço: frango caseiro com caril, assistido de esparguete al dente, acompanhado de uma salada de tomate e alface da minha horta.
O resto do tempo: ver televisão e/ou estar em frente do computador. Uma autêntica estupidez no que concerne ao aproveitamento de tempo. Mas, numa pequena aldeia que outra coisa poderia fazer?
Bem sei que um dia destes pagarei bem caro este “nada fazer”. O tempo animará, a chuva ir-se-á e o sol voltará. Nesses dias não terei tempo para estar com estes prantos. Ou melhor, as lamúrias manter-se-ão, só que nessa altura há-de ser por excesso de trabalho.
Isto é algo para constar numa página da Net? É evidente que não. É sensaborona, não tem qualquer interesse e muito menos tem estilo. Aliás, acho que não haverá duas ou três pessoas com dois dedos de testa que lerão estas palavras até ao fim. E fazem muito bem.
Mas há falta de melhor, o que podem esperar? Escrever sobre política, ensino, relações, entre outros temas? Não estou para aí virado.
À hora que escrevo não. Mas durante o dia, várias vezes, me apeteceu sair: ir aqui ou acolá; almoçar neste ou naquele local, mesmo a chover. Todavia, como ninguém me convidou …