Num domingo recente, mais concretamente no dia da Mãe, tentei almoçar num restaurante, algo que faço quase todas as semanas. Como é do conhecimento geral, trabalho intensamente durante os restantes seis dias, para além de diariamente confecionar as refeições, lavar a louça e a roupa, entre outras tarefas, razões mais que evidentes para descansar ao sétimo dia.
Todavia, como habitualmente faço, na véspera tentei marcar mesa em vários restaurantes. A resposta foi invariavelmente esta: “lamentamos, mas estamos completamente cheios”. Acabei por desistir e, como é lógico, acabei por almoçar em casa.
Nos dias seguintes, nas redes sociais, fui acompanhando o relato desse dia. A esmagadora maioria relatava, com fotos/selfies a ilustrar a ocasião, dos(as) filhos(as) a comemoração do dia com almoço neste ou naquele local público de degustação. Houve uma, em particular, que me chamou a atenção: ilustrava quatro gerações a refeiçoar, sem que qualquer delas se recordasse que a mais idosa o que gostaria mesmo era de saborear algo confecionado pelos seus descendentes.
Conclusão: tal como se colocam os mais velhos nos lares, quando existe um dia mais especial, levam-se a um restaurante. Hoje-em-dia ninguém está para cuidar diariamente dos seus progenitores e como não sabem cozinhar … Contudo, para o gato/cão não faltam cuidados.