O meu ponto de vista

Janeiro 01 2021

Não me considero desprovido de inteligência - antiga designação de burro -, mas também não sou um suprassumo de intelectualidade. Sou aquilo que sou, sem ponto final, e, quase que me atreveria dizer que, se assim foi, tal se deve inteiramente à minha custa. Isto sem desprimor para os meus progenitores, os quais, com escassíssimas posses, me colocaram a estudar. Foi no melhor local? Não, não foi. Foi o possível para eles e mesmo assim com imensos sacrifícios, de tal modo que, por muitos anos que viverei, jamais lhes poderei agradecer. Muitos outros, nas mesmas ou em melhores condições, colocaram os descendentes a trabalhar na agricultura, a servir cimento e tijolos e/ou em outra profissão. Aliás, não menos dignas. Bem pelo contrário.

Acontece, porém, que sei, e todos aqueles que de mais próximo privaram e privam comigo sabem, que aquilo que então se designava por ensino industrial, hoje pomposamente chamado de profissional, não era, para mim, o mais adequado. Todavia, entre um ensino gratuito, a via escolhida, e a colegial, paga a peso de ouro, não havia alternativa.

Se por via desta opção ou por culpa própria existem lacunas no meu percurso académico, o que ressalta é de que existem. A aprendizagem das línguas é uma delas, sem esquecer que as manualidades, caminho que acabei por enveredar, com toda a sinceridade, não é o meu forte.

Adiante. Importa agora registar o que tenho visto e lido muito recentemente. Há quem não resista a assinalar como livros, filmes, documentários e outros textos, escritos sobretudo em inglês, como o que de bom conseguiu reter de 2020, por todos designado como annus horribilis. E não pensem que se trata de académicos de alta estirpe. Não, trata-se, no seu dizer, de homens comuns.

Logo, eu é que sou analfabeto.

publicado por Hernani de J. Pereira às 17:36

Novembro 03 2020

Todos, sem excepção, em cada instante temos uma posição mais ou menos conhecida, mas de modo algum rigorosa. Sim, uma vez a nossa posição – falo do carácter e da ética - não poder ser medida em centímetros, nem decímetros ou até nem em metros.

É verdade que, e ainda bem, não dispomos uma tecnologia de vanguarda que actualize constantemente os dados relacionados com as “infra-estruturas” humanas que nos rodeiam. Por isso falhamos tantas vezes? Sim e ainda bem. Navegamos à vista e ninguém possui GPS que nos possa guiar, de forma óptima, por esta ou outra via.

Avançamos e recuamos constantemente. Mente quem diz que sempre seguiu o mesmo caminho. Fazemos ziguezagues constantes e muitas das vezes damos um passo è frente para a seguir dar dois passos atrás.

Por outro lado, aquele que diz ter sido sempre coerente ou é santo ou não viveu. Mentir e/ou ser incoerente todos fazemos. O que nos distingue é o grau e mesmo este é relativo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:17

Julho 03 2020

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O "Óscar", o qual nada tem a haver com texto abaixo

 

Nem sempre é assim, mas por vezes sinto uma corrente, não sei se eléctrica ou de outra espécie, que se liga sozinha, mesmo que esteja a repousar. Em suma, o meu corpo continua a trabalhar sem necessidade e, como corolário, quando me levanto a energia não é a desejável. Todavia, o pior é o cérebro. Então, este não tem sossego. Trabalha e trabalha, parecendo, em certos dias, que trabalha mais enquanto “descanso”.

Ainda bem que outras pessoas existem que neste e noutros âmbitos são extraordinárias. Nada lhes acontece e tudo se resume a uma vida fácil. Aparentemente as portas abrem-se à sua frente e a mesa está sempre disponível. Em princípio, não existem dias difíceis, a força de vontade não é necessária e é suficiente o deixar passar as horas do dia. Aliás, nada as preocupa e o relaxamento é rei.

Não fazem maratonas de 20 quilómetros. Também, para quê? Porém, andam 100 metros e já se sentem felizes e realizadas. É raro dar por elas, mas jamais dão ar de solidão. O ar despreocupado que ostentam - afirmam que isto não as define - é mais uma causa que um proveito, apesar de este não ser tão diminuto quanto isso. Vá-se lá saber do porquê! Estão sempre a pensar que merecem uma segunda, terceira, quarta e … oportunidade, cada uma mais importante que a anterior, mas nada fazem por isso.

A luta diária nada ou pouco lhes diz. A palavra superação não faz parte do seu dicionário. A felicidade é já ali e não existem esquinas que não se possam dobrar, nem que seja por “baixo da mesa”. A força de vontade é algo que apenas se proclama da boca para fora, tal como um mero desabafo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:29

Junho 30 2020

Existem momentos na vida de uma pessoa, os quais só quem os vive sabe devidamente apreciá-los. São dias, semanas, por vezes meses, em que a vida parece suspensa. Tudo sabe a pouco, muito e/ou mesmo nada. Não se caminha autonomamente, é-se conduzido qual co-piloto ou pendura, quase sem vontade própria. No fundo, atreveria a dizer que não se vive, sobrevive-se apenas.

Como se consegue ultrapassar tal estado? Não vale a pena aludir àquela frase chavão, apesar de verdadeira, i.e., fazendo das tripas coração, mas sim com a ajuda do Altíssimo, isto para os crentes. Para os restantes, o recurso a forças positivas, a karma radioso ou a forças yin vs yang, com toda certeza que ajudam.

Perguntarão: e a família e os amigos? Primeiro há família e família, tal como existem amigos e amigos. Nem todos os familiares são determinantes, o mesmo se passando com os amigos. Como se costuma dizer, familiares e amigos conhecidos há muitos, confiantes há poucos. Mais: existem aqueles que apenas respiram para sugar o esforço alheio e, ainda por cima, falar mal.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:08

Janeiro 23 2020

Para alguém que se preocupa mais com os meios do que com os fins, acredita mais no colectivo do que no individual, e prefere olhar para as questões no seu todo – nunca gostei da teoria do copo meio cheio versus meio vazio – a construção de um relacionamento duradouro e de confiança é uma prioridade.

Todavia, rejeito “conversas de café e entretimentos de sala de estar”, pelo que a conversa inicial jamais é longa e de suma importância. Ser apresentado por alguém como homem de confiança é admirável e extremamente vantajoso. Os meios de persuasão envolvem mais o questionamento do que agressividade concorrencial. O mesmo não poderei dizer da paciência. Não sendo à priori impaciente, e entendendo de que saber esperar é uma virtude, o prolongamento de conversa inútil é-me constrangedor.

É preciso conhecer e apreciar, dizia-me há tempos uma pessoa amiga. Há que investir tempo e estar disponível. Há que ter a mente aberta e saber afastar ideias preconcebidas. Só assim será possível abraçar as oportunidades que existem neste mundo tão diverso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:12

Janeiro 08 2020

O percurso que me tem conduzido à implantação de novos projectos não tem sido isento de erros, alguns deles a necessitar de urgente correcção. A meu favor, se é que necessito, invoco o seguinte: “só não erra quem nada faz”. Umas vezes fruto de alguma precipitação, outras de inexperiência, para não falar de ausência de tempo, o certo é que, de vez em quando, dei com “os burros na água”. Porém, não tenho de pedir, por favor, os créditos que naturalmente me cabem. E, sobre isto, não tenho a menor dúvida que estes são bem maiores que aqueles. No balanço final, repito, restará uma larga margem de crédito para o mérito das iniciativas. Aliás, não é por acaso, que outras, mais ou menos semelhantes, prosseguirão, esperando que estas se perspectivem, como é lógico, com uma sustentabilidade superior.

Se mais e melhor, porventura, poderia ter sido feito? Claro que sim, já que o cumprimento de uma missão de instalação de infra-estruturas essenciais ao progresso de um fim-de-vida, acompanhado da realização plena de um programa de gestão financeira (próprio) completamente participado e, simultaneamente, exigente, é prova disso.

Por outro lado, são garantias de satisfação a inveja de outros, estes constituídos como referenciais para a região. É por esta e outras razões, bem como contra ventos e marés, que continuarei a avançar.

Fica o aviso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:27

Outubro 04 2019

Trabalho por quem não pode, mas pior – ou será melhor? - para quem não quer trabalhar. Não contabilizo quilómetros e/ou horas, pois não é isso que faz a diferença e muito menos me move. A quem, então, se destina tudo isto? Antes de mais, sou dos que pensa e, sobretudo, sente que quanto mais dá mais recebe. Poderia também advogar que tais préstimos entrariam no rol do perdão das minhas imensas culpas. Sim, humildemente me confesso como pecador. Por outro lado, ao pensar fazer o bem apenas e só com o intuito de um dia, após deixar este corpo térreo, usufruir dos bens espirituais doados por Alguém superior não estaria, de certo modo, a também comungar de um sentimento egoísta, i.e., fazer agora o bem para depois ter o melhor no Além?

É complexo este raciocínio e sei que estou a entrar por caminhos dúbios, para não dizer perigosos, os quais teologicamente não domino por infelicidade minha. É evidente que fazer a diferença na vida das pessoas é, e sempre será, a razão mais válida para a dedicação de alguém e a força para construção de algo que todos reclamamos, mas que poucos perseguem: um Mundo melhor.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:46

Julho 18 2019

Faltavam poucos minutos para as nove da noite. Tudo sossegado. As empresas têm, na sua esmagadora maioria, as luzes apagadas e, nas ruas, o trânsito circulava com relativa fluidez. A família jantava e o João conversava com os filhos, enquanto a Fernanda se ausentou, facto a que, como é lógico, ninguém deu importância. De repente um estrondo de uma porta a bater fortemente e gritos. Era a Fernanda, possessa de tanta raiva e com os olhos raiados de sangue.

- João, o que é isto? Cabelos louros no teu casaco e a camisa manchada de batom?

Filme? Não. É a realidade dos nossos tempos, possível em qualquer ponto do globo. E, embora haja casas onde estes eventos parecem longínquos, eles ocorrem onde menos se espera.

Dia seguinte. Por volta das oito da manhã, tudo ainda está meio sossegado. As famílias despedem-se à porta da escola ou de casa. Estudantes entram, pouco depois, nas aulas, profissionais vão para os seus escritórios.

Na empresa, o CEO desta, Miguel Santos de sua graça, liga o computador e … nada. Volta a tentar e mais uma vez não tem sucesso. Chama o Tozé, de certo modo o guru da informática, e este detecta que piratas informáticos conseguiram invadir o servidor e tomaram posse de todos os dados: pessoais, profissionais e outros que nem é bom falar. Assaltado repentinamente por uma fúria desmedida, grita a plenos pulmões

- Mas que merd@ é esta? Então e agora?

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:00

Maio 22 2019

Um dos maiores, senão o maior, poema de Florbela Espanca diz “Eu quero amar, amar perdidamente!/ Amar só por amar: Aqui... além.../ Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…/ Amar! Amar! E não amar ninguém!”, aliás cantado divinamente por Amália Rodrigues e Cidália Moreira. Com toda a franqueza não quero, nesta idade, amar tão profundamente como o descrito por aquela poetisa nos seus verdes anos. Todavia, contentava-me viver, sempre e bem, viver perdidamente, desfrutando de tudo o que vida tem para oferecer, recordando o que ficou para trás e ansiando pelo que se anuncia mais para a frente.

Vida colorida e deliciosa? Sim, é possível, desde que se saiba fazer algumas escolhas. Começando na alimentação, de que não sou exemplo para ninguém, a qual poderá fazer toda a diferença na nossa qualidade de vida e, inclusivamente, autonomia. Dormir melhor é outro atributo. Sei de experiência feita a sua enorme importância, uma vez não saber o que é uma noite bem dormida há muita, bem como todas as consequências daí inerentes como, por exemplo, a irritabilidade.

As pessoas felizes são mais optimistas e tendem a distribuir a sua energia e a espalhar boas vibrações a quem as rodeia. O segredo dessa felicidade? Por vezes, algo tão simples como rir alto e de modo sincero, o que provoca uma quebra nas hormonas de stress e o aumento das endorfinas, hormonas responsáveis pela sensação de felicidade. Ou, então, pensar positivo. Por que razão tem o corpo de estar meio cheio quando pode estar meio cheio? Parece que não, mas faz toda a diferença

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:10

Abril 08 2019

Não somos mais que um instrumento colocado ao serviço dos outros, pelo que importa constantemente preparar as condições para uma eficiente e racional cooperação. Aliás, de muito pouco adianta queixarmo-nos quando algo não corre como deve ser. Por um lado, por não valer de nada e, por outro, por não haver alternativa. Ou melhor, alternativa há, mas podem ter a certeza que será sempre pior.

É reconhecida a melhoria de produtividade alcançada nos casos em que fazemos para o que nascemos, do que contrariar o destino. Sei que é bonito dizer que somos nós que fazemos o destino. Só que tal não é inteiramente verdade. Mais: está mais longe da verdade do que da mentira. O que acontece é que muitas vezes adoramos iludirmo-nos.

O caminho de uma direcção não é traçado de um momento para o outro, como quem vira o carro para a direita ou para a esquerda. Até aqui, por vezes, tal acarreta imensos transtornos. Agora imaginem a vida. A mudança de vida é lenta, e não sendo imutável, é inexoravelmente certa. Carecemos, pois, de impulsos, uns certos e outros – infelizmente, por muito que custe admitir, os mais comuns – errados. Para além destes, existem circunstâncias e alterações próprias de quem vive e tenta conquistar lugares pouco conhecidos e muito menos dominados.

De uma coisa podemos ter a certeza: jamais devemos olvidar a criação de condições de rejuvenescimento e melhoria. Como se costuma dizer, tropeçar todos tropeçam. O bom e necessário é, depois das constantes quedas, o levantar logo a seguir.

publicado por Hernani de J. Pereira às 14:13

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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