O meu ponto de vista

Março 28 2019

A dor, o sofrimento, a tristeza e a preocupação são sintomas virtualmente impossíveis de calcular e jamais podem ser colocados em pratos de balança para determinara um custo. Qualquer um de nós, directa ou indirectamente envolvido por aqueles indícios ou sinais, quer mesmo a família, os amigos e os colegas de trabalho, sem esquecer as organizações onde estamos inseridos, é afectado pela situação.

Muitas destas ocorrências afectam a vida quase para sempre, sendo que algumas delas se carregam até à cova. Os resultados são realmente graves, não só pelo efeito em si, mas também pelo estigma que acaba por se desenvolver em toda a latitude vivencial, deteriorando relações, cultura e imagem.

O grau de (in)consciencialização dos implicados aumenta e daí a forte pressão no sentido de lhes ser garantido elevados padrões de protecção, obrigando ao repensamento e melhoria das práticas existentes.

Historicamente as ditas melhorias decorrem da implementação de medidas ligadas a requisitos legais. Porém, não é de legitimidade, no sentido estrito da justiça dos homens, que estamos a falar. É sim de valores morais e éticos, os quais devem ser exercidos proactivamente e não como forma de reacção.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:27

Janeiro 10 2019

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A família! Palavra que de acordo com a Wikipédia “representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É formado por pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção (...) Dentro de uma família, existe, sempre, algum grau de parentesco. Membros de uma família, geralmente pai, mãe e filhos e seus descendentes, costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.”

Ora, nos últimos tempos as conveniências, bem como as solicitações sociais, isto para não falar dos interesses pessoais, levaram a que a família deixasse de ser aquele baluarte onde o refúgio era certo, sabido e seguro.

Assim, não admira que aquela velha máxima “pai/mãe é quem cuida e não quem traz ao mundo”, em muitos casos, já não faça sentido. Os “velhos” valores perderam-se ou andam pelas ruas da amargura. Diariamente somos confrontados com novas formas de ser e estar e ai daquele que não se conforma com tais. No mínimo, é apelidado de bota de elástico ou deixou-se conduzir por um politicamente incorrecto.

O amor, valor principal em que se sustenta a família, passou a ser coisa vã. O esforço, a dedicação e o sacrifício, bem como ainda o cumprimento da palavra, deram lugar às desculpas mais esfarrapadas e inimagináveis. A verborreia impôs-se como forma de esquecer o passado e, num ápice, como num estalar de dedos, efectuar a transição para o futuro.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:21

Outubro 22 2018

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Todos sabemos como nos devemos relacionar o melhor possível uns com os outros, apesar de no dia-a-dia, por impulso ou abstracção, nem sempre pensarmos na questão. Assiste-se, portanto, a um desenvolvimento inter-relacional nem sempre no sentido de uma verdadeira aproximação à sociedade. Isto por um lado, uma vez que por outro a respectiva consolidação não acontece forçosamente ao nível mais microscópico de cada um de nós, corresponsáveis pela sua afirmação, enquanto simples indivíduos, membros de famílias e comunidades.

Nesta cruzada constante do quotidiano, na forma como cada um de nós o vive (enquanto pessoa, no posto de trabalho, no ambiente familiar, etc.), desenham-se os verdadeiros contornos de construção agregada do edifício comum de cidadania. É, assim, justamente nesta ponte entre o indivíduo e a sociedade, onde se afirmam os nossos valores, que se situa igualmente um dos pontos críticos de amadurecimento do nosso país em matéria de solidariedade. Importa, por isso, reequacionar a forma como os respectivos referenciais - estruturas e políticas – se estabelecem.

Se esta tendência é notória e já demasiado universal, ela redobra, no entanto, de significado quando estamos a falar, como é o nosso caso, de um pequeno país periférico com grandes obstáculos a vencer, os quais só podem ser enfrentados não por fazer muito, mas por fazer bem, melhor que os outros e cada vez melhor.

E desenganem-se aqueles para quem esta reflexão apenas se estende aos grandes e médios aglomerados populacionais, pois tal já se verifica, infelizmente, nos pequenos povoados. Não em termos de tanta grandeza, mas já algo preocupante. 

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:55

Setembro 27 2018

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A noção de valor tem vindo a ser ligado e usado em diferentes situações e contextos, desde há muito tempo, mas com maior ênfase nos últimos três anos. Ultimamente tem sido dado um maior destaque, dadas as crescentes exigências de melhoria de competitividade que as instituições estatais enfrentam - sobretudo as de índole governamental, propriamente dito -, neste mundo cada vez mais global onde nos inserimos.

Os desafios que hoje se colocam às ditas instituições, principalmente as segundas, repito, e aos seus directos responsáveis são cada vez maiores e por isso as acções a desenvolver, nos domínios da gestão, devem ser guiadas por culturas e formas de estar que contribuam para gerar mais-valias no desempenho daquelas.

Ligado, durante muito tempo, a alguns indicadores com que os responsáveis avaliavam, de forma periódica, a performance económica-financeira do país, designadamente através dos valores acrescentados brutos e líquidos, sendo certo, porém, que outros valores – qualidade de vida, respeito pelos outros, maior liberdade de pensamento e de acção - eram tidos em linha de conta e, nessa ordem de ideias, a avaliação final não dizia apenas respeito àqueles itens.

Ora, os tempos mudaram. Infelizmente, acrescento eu. Assim, não admira que nos dias de hoje apenas se olhe para os números e se pense muito mais com a carteira do que com a razão. Olha-se para um défice zero ou muito perto disso e está tudo bem. Ou melhor, está excelente, pelo menos para alguns. Daí não nos surpreendermos com a sobranceria de António Costa (e Mário Centeno), como ainda ontem o demonstrou, de forma inequívoca, na AR. Os indicadores económicos vão de vento em popa e, por isso, nada importa se se honra ou não a palavra dada.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:14

Setembro 09 2018

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Não têm sido fáceis estes últimos dias. Múltiplas solicitações, divergências de opinião e sobretudo de conduta, isto para não falar da não estimação e da muita, mas mesmo muita, falta de consideração.

A crise de valores que a sociedade atravessa cria, na minha modesta opinião, uma séria dificuldade para as gerações actuais e principalmente para as vindouras, uma vez o ser humano, desde sempre, ter precisado – hoje-em-dia cada vez mais - de referências. Ora, se as perder ou não as (re)encontrar, constrói-as a seu belo prazer e, como sabemos da história recente, nem sempre em prol de um bem maior e comum.

A confiança conquista-se num processo, como a reputação. Mas desfaz-se com um (mau) comportamento. Não é possível confundir legalidade com moralidade. As pessoas podem não infringir a lei e mesmo assim estar a cometer uma imoralidade. E o ditado popular que “mais vale ser que parecer” aplica-se, hoje como ontem, a quem, muitas vezes opta por ganhar a vida, mesmo perdendo a alma.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:07

Dezembro 12 2017

Não tenho a menor dúvida que apenas a exigência e o rigor criarão um futuro mais risonho. A permissividade jamais foi boa conselheira e deu e dará sempre maus frutos. Porém, o que vemos? Observamos que, por regra, as pessoas pensam que por onde os outros passarem também eles passarão, independentemente de se esforçarem ou não. Por outro lado, reparam que os mais desonestos são aqueles que mais rapidamente sobem na vida. Igualmente atentam que, afinal, o crime compensa. Angustiadamente ou não, também vêm que o ânimo, a dedicação e o empenho pouco ou nada gratificam.

Sim, bem sei que, segundo alguns, a frase “fica-te mundo cada vez pior” tem para cima de dois mil anos. Todavia, cada vez mais, acho – sem, de modo algum, comungar do “achismo”, prática tão comum nos dias de hoje – que a aludida frase, independentemente de ter muitos ou poucos anos, começa a fazer verdadeiro sentido. Deus queira estar enganado.

No que concerne aos meus filhos e netos – falo na generalidade -, com toda a franqueza, não gostaria de que na sua educação entrasse o laxismo, o faz-de-conta e a desresponsabilização pelos seus actos. Em suma, quero e exijo que sejam educados tendo em atenção as suas atitudes e comportamentos. Os valores são fundamentais e devem estar presentes em todos os momentos do dia-a-dia.

Não sei se é da idade. Penso que não. No entanto, a cada dia que passo vejo a preparação dos nossos vindouros com características nada recomendáveis. Há excepções? Com certeza que sim. Apenas confirmam aquela premissa. Estou, contudo, perfeitamente convencido que o futuro será das máquinas e de meia-dúzia de humanos - os excepcionais - capazes de as comandar. O resto, a grande “manada”, não passará de perfeitos autómatos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:41

Junho 12 2015

É a lamentação mais amiúde ouvida nas escolas e quem à sua volta gravita, i.e., a comunidade escolar. Refiro-me, concretamente, à indisciplina provocada pela má educação e à desadequada postura dos alunos. Diminuísse esta e, não tenho a menor dúvida que, a questão do número excessivo de “chumbos”, que tanto tem ultimamente preocupado certos políticos e bem pensadores da nossa praça, senão desaparecia de todo, pelo menos atenuava muitíssimo.

Recentemente, li que 78% dos docentes acham que nas suas escolas se vive um ambiente de indisciplina, principalmente dentro da sala de aula, gastando mais de 25% do tempo desta a corrigir a atitude dos alunos, com a consequente perda de tempo para o que é essencial, ou seja, para o ministrar de matéria.

O mesmo estudo apontava que 85% dos professores são de opinião que uma parte do problema assenta na não aplicação das sanções que a lê prevê por parte das direcções. O que nos leva a pensar que tal se fica a dever ao afrouxar do exercício da autoridade, talvez com receio de serem cognominados de autoritárias. E, como este poder não é realmente exercido, tal acarreta, pelos motivos óbvios, que, hierarquicamente, os que estão abaixo se sintam desautorizados e, muitas vezes, também releguem para segundo plano o dever de fazer cumprir as regras básicas de cidadania.

Ainda sobre o autoritarismo, abro um parêntesis para dizer que desde sempre – e ando nesta vida há 38 anos – adoptei um lema para com os meus alunos e para com os que foram e são meus subordinados: prefiro que me chamem mau do que acharem que sou um banana. Ponto final parágrafo!

Todos sabemos, independentemente de sermos ou não professores, que sem modos de ser e estar dentro e fora da sala de aula, não é possível construir uma sociedade de qualidade e/ou, dito por outras palavras, virada para o sucesso. Ora, isso só possível com o estabelecimento de regras claras e aplicação impiedosa da lei desde o primeiro dia que o aluno coloca os pés na escola.

Contudo, é bom relembrar que a escola é, essencialmente, um lugar de ensino. A educação dá-se em casa. Quem não compreender e, sobretudo, não aplicar este preceito não tem quaisquer direitos a falar sobre o presente e, principalmente, sobre o futuro deste país.

Aliás, deixem-me concluir com um desabafo. Como é possível haver pais, alguns até professores, que toleram, em casa e fora dela, aos filhos a recusa em comer este ou aquele prato; admitem um porte esparramado quando se refeiçoa, independentemente de terem ou não visitas; que permitem o telemóvel em cima da mesa quando se está a comer e, além do mais, consentem o atendimento de chamadas; que dizem sempre ou quase sempre sim, já que é muito mais difícil dizer não; que autorizam a permanência em frente do PC ou da TV durante horas e horas ou até imensamente tarde? Estes são apenas alguns exemplos, pois outros há tanto ou mais graves.

Claro que me irão responder que tudo é relativo e que os tempos mudaram. Pois, é com estes e outros argumentos, puramente falaciosos, que chegamos aonde chegámos. Os princípios da boa educação são imutáveis, remato eu.

publicado por Hernani de J. Pereira às 15:46

Maio 19 2015

Não somos todos assim, mas quase. Somos o primeiro a criticar a ausência e somos também os primeiros a criticarmos a presença. E, inopinadamente, damo-nos bem com isso, uma vez não nos faltarem adágios que justificam tal. Abonamos, de entre outros, sempre com os velhos e gastos argumentos de que os extremos se tocam e não podemos ter uma prática de oito ou oitenta.

Se a polícia não ocorre, aparece tarde ou quando surge não intervém com a força que a turba, mais ou menos exaltada, assim exige “aqui d’El Rei” que não há segurança e que tudo isto se transformou num caos. Porém, se as forças de segurança intervêm, digamos de uma forma mais musculada, há logo quem afirme, alto e em bom som, aproveitando demagogicamente o momento, que vivemos num estado repressivo.

Então, no campo desportivo em geral, e no futebol em particular, esta marca é pródiga e indelével. Os adeptos, independentemente da sua clubite, apesar de mais uns que outros, podem danificar, vandalizar, roubar, chamar nomes a tudo e a todos, proclamar os maiores impropérios que nenhum dicionário se atreve a publicar, e até cuspir nos agentes da autoridade, que estes têm a estrita obrigação de se manterem impávidos e serenos.

De modo algum defendo o uso excessivo da força e por entender que vivemos num estado de direito, sou de opinião de que o respeito entre todos é a base de uma sã convivência democrática. Uma atitude digna, um valor sóbrio e uma ética cívica devem ser mantidos tanto na euforia da vitória como na adversidade da derrota.

Se não sabem ficam a saber: o policiamento dos jogos de futebol é pago como horas extraordinárias às forças de segurança, dinheiro - cerca de 3,5 milhões de euros - que sai dos nossos bolsos. Ora, com a pressão a que estas estão a ser sujeitas imaginem se estas se negassem a fazer tal serviço. Ainda quero ver quais os jogos que se realizariam!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:50

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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