O meu ponto de vista

Outubro 25 2023

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Escrevo, sentado no meu escritório, enquanto lá fora a chuva cai, ora miudinha, ora mais forte, mas de forma persistente. Foi assim todo o santo dia. Fiz o mínimo dos mínimos, tal como dar comida aos animais, arrumar a casa e fazer as refeições. Bem, fazer as refeições é uma forma de dizer, uma vez que hoje foi comer o que se tinha na arca já confeccionado e aquecer no microondas. É que para agravar o dia, desde a manhã que não há água da rede pública. A rotura de uma conduta a isso obrigou e, estou convencido, que não será ainda no dia de hoje que a reparação de tal se concluirá.

Todavia, importa muito mais o actual estado do tempo. A chuva que desde há pelo menos duas semanas persevera - e dizem as previsões meteorológicas que irá continuar na próxima semana – dá cabo das minhas articulações, principalmente a do ombro direito, o qual, devido a uma queda que dei há cerca de dois meses, não me deixa descansar nem de dia nem de noite, como já aludi em texto anterior. A grave tendinite já diagnosticada, estou certo, será solucionada (!!!) na mesa das operações. A RM que ontem fiz assim ditará o futuro.

Já agora, explico a referida queda, uma vez que a mesma tem sido sujeita a especulações mais ou menos irónicas, por vezes até maledicentes. O sucedido é simples de explicar: querendo atar um molho de canas de feijão a uma coluna de cimento subi a um escadote e … zás. Um dos degraus, o último – tinha de ser – partiu-se e, como é óbvio, caí. Para agravar, caí em cima de uns canos de rega, mais precisamente na extremidade destes que possuem a boca de encaixe dos aspersores. Sei que desmaiei, não sei por quanto tempo. Sozinho, sem ter a quem naquele momento recorrer, a muito custo consegui levantar-me e vir para casa. Como observei que nada tinha partido, só dois dias depois fui ao médico, uma vez não aguentar as dores. Medicado com Brufen – passe-se a publicidade –, assim fiz os muitos e muitos dias de vindima. O calor ajudou, é claro. Como é lógico, o caso agravou-se e agora …. Deus é grande e n’Ele confio.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:40

Março 03 2020

Lembram-se como estava o tempo no dia de Nª Srª das Candeias? Um belo dia de sol, o que na linguagem popular quer dizer que “se esta está a sorrir, está o Inverno para vir”. E como acontece com a maioria dos ditados populares, mais uma vez bateu certo. As excepções, aliás, só confirmam a regra.

E o que tem chovido e ventado. Não está frio, mas face ao desconforto provocado pela chuva quase persistente, os agasalhos e os guarda-chuvas voltaram a fazer parte da indumentária diária. Longe vão os dias, apesar de não ter sido assim há tanto tempo, em que parecia que tínhamos um Verão antecipado, com temperaturas a rondar os 26º C.

Como resultado temos as culturas de início de Primavera quase todas atrasadas. Não é isso que trás grande mal ao mundo, mas quanto mais tarde se semear, mais tarde se colherá. E o mês de Agosto é para ir para a praia.

Como consolo, serve-nos a ideia de que é Deus quem manda. É que se fossem os homens a mandar no tempo, há muito que tínhamos desaparecido enquanto raça.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:01

Janeiro 23 2020

Para alguém que se preocupa mais com os meios do que com os fins, acredita mais no colectivo do que no individual, e prefere olhar para as questões no seu todo – nunca gostei da teoria do copo meio cheio versus meio vazio – a construção de um relacionamento duradouro e de confiança é uma prioridade.

Todavia, rejeito “conversas de café e entretimentos de sala de estar”, pelo que a conversa inicial jamais é longa e de suma importância. Ser apresentado por alguém como homem de confiança é admirável e extremamente vantajoso. Os meios de persuasão envolvem mais o questionamento do que agressividade concorrencial. O mesmo não poderei dizer da paciência. Não sendo à priori impaciente, e entendendo de que saber esperar é uma virtude, o prolongamento de conversa inútil é-me constrangedor.

É preciso conhecer e apreciar, dizia-me há tempos uma pessoa amiga. Há que investir tempo e estar disponível. Há que ter a mente aberta e saber afastar ideias preconcebidas. Só assim será possível abraçar as oportunidades que existem neste mundo tão diverso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:12

Dezembro 20 2019

Não há pessoa que aguente. São depressões atrás de depressões. Ainda estamos sob o efeito da “Elsa” e já se aproxima a “Fabien”. Até eu, optimista por natureza, começo a sentir-me deprimido.

O intenso zimbro, provocada por uma constante chuva, não permite a mínima actividade agrícola. Todavia, os animais não esperam que o tempo melhore e, por isso, há que procurar alternativas. É evidente, que isto pouco ou nada interessa à maior parte dos leitores. Tudo bem, dou de barato. Acrescento, porém, que é por assim pensarem que a esmagadora maioria deles não é convidada para a matança e consequente sarrabulho e torresmos.

Resta-me fazer uma ou outra nica e queimar carrada atrás de carrada de lenha, uma vez que, não estando muito frio, bem pelo contrário, a forte humidade obriga a tal.

Já agora, a lenha que cortei, rachei e empilhei no final do Verão – não tão pouca quanto isso - ficou totalmente à mercê da intempérie, já que a respectiva cobertura voou, tal foi a intensidade dos ventos durante a noite passada.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:19

Junho 21 2019

O meu tempo não é o teu. Constatação pura e dura. Como é costume dizer, contra factos não há argumentos. Aliás, antigamente dizia-se que o prometido é devido. Hoje, porém, proclama-se que o prometido é recebido. E como não recebi nada …

Existem flutuações? Oh se existem! Então hoje é o pão nosso de cada dia. Actualmente nada é igual ao que se passava há um, dois e muito menos há dúzia de anos atrás. A volatilidade dos critérios é algo que começa, infelizmente, a ser causa comum.

Não sou estereotipo de quem que seja. Bem pelo contrário. Sou tudo e jamais sou nada. Não sou arco-íris, pois tenho cores bem definidas e, sobretudo, não surjo de vez em quando. Estou onde sempre estive, de alma e coração, com erros e defeitos, admito, mas também com virtudes e talentos, não tantos como gostaria de ter, é certo. Porém, os perfeitos que atirem a primeira pedra.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:48

Junho 12 2019

Ler frases soltas, mesmo que conexas com algo improfundável, é trabalho alcantilado e, na maior parte das vezes, sem qualquer mais-valia. Salvo o gosto de quem escreve - e se o não faz há muito, então, é redobrado – não vejo grande serventia. Isto não quer dizer que não tenha eupatia do mesmo mal ou que venha padecer de algo semelhante. Há muito aprendi a não dizer “jamais beberei desta água”.

Todavia, a escrita deve ser um gozo compartilhado. Ora, se apenas uma das partes desfruta … A compatibilização de quem escreve e quem lê tem de ser construída filigranamente ou, caso contrário, o caminho do deserto é certo. Assegurar a preservação íntima do escritor é bom. Porém, temos que a dosear q.b. para que não alcance um caris definitivo de má qualidade com quem queremos servir.

Todos estamos de acordo que a Ciência, de vez em quando, não sabe dizer sim ou não e temos de ser nós, com coragem, resiliência e maturidade, a dizer claramente não. Não, não vou por este caminho, vou por aquele, para que não cheguemos a situações irreversíveis.

Já agora, uma questão pertinente: como nos vamos posicionar em sociedade sem hipotecar o bem-estar que almejamos alcançar? A resposta parece-me óbvia, e tem por base a abordagem que procura articular as cinco áreas que caracterizam a vivência humana: económica, social, cultural, política e ambiental. Por outras palavras, há que ter sempre presente o ser, o estar, o fazer, o criar, o saber e o ter.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:05

Janeiro 11 2019

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Hoje, tal como no pico do Verão, há uma caça ao registo dos termómetros. Aliás, é comum aparecer nas redes sociais fotos do tablier do carro registando temperaturas negativas ou muito perto disso, como isso fosse algo de excepcional. Nada disso. Extraordinário, extraordinário, é ir para o campo ou outro local exterior e trabalhar com tais temperaturas. Agora, queixar-se por ir no carro com ar condicionado, a vinte e tal graus, e a seguir entrar num edifício com mais ou menos a mesma temperatura, por muito que no exterior estejam temperaturas negativas, é, no mínimo, hipocrisia.

Uma coisa é certa: as temperaturas muito baixas anunciadas nos media não passaram de notícias pífias. Aliás, hoje esteve menos frio que em dias anteriores. Penso, que estas épocas – pleno Inverno e Verão – são óptimas para aquilo que, em jornalismo, se designa de “encher chouriços”. À falta de melhor, “mete-se umas e outras buchas, para além de se insistir, insistir…”

Já agora, reproduzo uma conversa que ouvi outro dia entre duas colegas citadinas. Dizia uma: “adoro este tempo, pois durante o dia está um sol maravilhoso, dando possibilidade de sairmos, almoçarmos fora e ainda dar uns passeios”. A outra respondeu: “concordo inteiramente contigo, tanto mais que apenas a noite é desagradável devido ao imenso frio, mas nessa altura já estamos em casa e no quentinho”. O facto de não chover e de haver regiões que já estão em seca, não as preocupa em nada. E, infelizmente, tantas pessoas com pensar semelhante existem!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:02

Dezembro 17 2018

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Costumo dizer, e já não é a primeira vez que aqui o registo, que existem três coisas que unem os portugueses. Estejam descansados que não é Fátima, futebol e fado. A ordem dos factores é, neste campo, arbitrária e algo desusado. O que actualmente nos une são três queixas: falta de dinheiro, excesso de trabalho, bem como ausência de tempo (para isto e/ou para aquilo).

Independentemente da condição social, não existe ninguém que não se queixe destes itens. E dai daquele que primeiramente se lamente, pois leva com os “gemidos” de todos à sua volta e, sobretudo, de toda a ordem. Uns com razão, outros, contudo, perfeitamente falaciosos, para não dizer de tendência completamente hipócrita.

Se uma pessoa trabalha para além do que está estritamente obrigado pela sua profissão é ganancioso, quando não dizem que é maluquinho disto ou daquilo. Se, pelo contrário, passa umas horas por dia no café, vai frequentemente ao restaurante ou passeia por aqui ou por acolá, não passa de um malandro ou apenas gosta de “boa-vai-ela.”

Argumentar que, apesar da idade – autonomamente ainda me considero um jovem pré-senioridade -, ter objectivos é perfeitamente viável e, sobretudo, saudável, para muitos é risível.

Tais considerações fazem-me sempre lembrar história do velho, do rapaz e do burro, a qual até aqui contava, não fosse o politicamente correcto do PAN …

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:06

Dezembro 28 2017

Se é necessária chuva? Quem duvida? Só os inconscientes. Que venha muita ou, melhor, lentamente, de mansinho e por muitos dias, de modo a penetrar no solo e não ir parar, de enxurrada, aos rios e, por consequência, ao mar.

Não temos tempo a perder e optar por facilitismo de forma (in)discriminada não é curial. Aceito trabalhar de acordo com o sigilo de Deus, uma vez ciente de que os Seus caminhos são insondáveis. O certo é que, apesar de cometer o pecado da soberba, afirmo que nos dias que correm a última coisa que me convém é que chova. Dias “livres” de algumas tarefas profissionais, não por pessoalmente querer, mas por o calendário assim obrigar, são reservados para, no meu caso, adiantar serviços de índole agrícola. Pensava eu! Bem me enganei!

Sim, eu sei, que os meus caros leitores estão a pensar que sou daqueles que “querem chuva no nabal e sol na eira”. Não digo que, em alguns momentos, não deseje tal. Todavia, jamais me ouviram pedir determinadas condições climatéricas para passear.

E, ainda por cima, quando tenho uma nova máquina – 40 CV e comigo em cima é mais um (!!!) – e tenho que a manter fechada. Não há direito! Nem aos vizinhos posso denotar vaidade.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:46

Setembro 01 2017

O que foi excelente ontem terminou. O tempo não pára.

Por isso, este foi o primeiro dia do resto dos meus (escassos) últimos anos de serviço docente. Pelo menos assim espero.

Resta-me desejar que este novo ano lectivo seja tão bom ou melhor que os dois últimos. Todavia, pelos atropelos à lei cometidos pelo ME, neste arranque, não auguro nada de bom. Bem pelo contrário.

Como optimista, porém, a esperança é a última a morrer.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:25

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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