Costuma-se dizer que tudo o que é de graça não é apreciado e muito menos considerado. Ora, tendo os sucessivos governos, com especial pendor para o actual, tornado o ensino totalmente gratuito, com a oferta de manuais até ao 12º ano, a administração está efectivamente a desvalorizá-lo e a hipotecar a sua viabilidade a médio prazo, a não ser que se continuem a verificar cada vez mais fortes investimentos por parte do Estado, opção que na presente conjuntura parece pouco provável.
Não advogo, de modo algum, que haja alguém impedido de prosseguir os seus estudos por causa de motivos económicos. Agora subsidiar todos por igual é reduzir o incentivo à poupança e sobretudo à preservação do que custa dinheiro. Por isso, ao contrário, advogo um forte aumento dos subsídios para aqueles que verdadeiramente necessitam, ao mesmo tempo que gostaria de ver aqueles que financeiramente podem suportar os respectivos custos o pagamento destes.
Por outro lado, igualmente apreciaria ver reforçado toda e qualquer bolsa alcançada através do mérito. Não pela apologia da meritocracia, mas como incentivo à procura de mais-valia. A valorização dos resultados é sempre salutar.