O meu ponto de vista

Abril 25 2023

20230425_185040.jpg

Hoje, houve quem participasse activamente em manifestações, houve quem honrasse o dia em termos discursivos, tenham sido eles com ou não conteúdo, tenham sido ou não demagógicos ou populistas, houve outros, não tão poucos assim, que optaram por passar o dia na praia, houve ainda quem escolhesse única e simplesmente o passeio e/ou descanso.

Eu, porém, homem de Abril, optei por passar o dia a capinar vinhas. Não para mim, mas para pessoa amiga que, face ao excesso de serviço agrícola, apresenta afazeres com cerca de dois meses de atraso.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:27

Fevereiro 21 2023

images.jpg

O texto de hoje é um gesto de solidariedade para com uma das maiores figuras do jet set nacional. Diria até do mundo e arredores. A figura em questão é, nem mais nem menos, a formosíssima, a insigne, a rememorável Lili Caneças.

Então, não é que esta distinta distintível figura esteve a um passo de abandonar a gala dos 30 anos da TVI, que decorreu no passado domingo, em Lisboa, poucos minutos depois de ter chegado à Aula Magna, onde decorreu o evento. Tudo porque se sentiu destratada pelo quarto canal e logo em dia de festa.

“Ficou irritada porque não ficou na fila da frente. Foram lá umas miúdas que lhe disseram: o seu lugar é mais lá atrás“, disse o comentador Flávio Furtado.

Como é óbvio, tinha carradas de razão. Não lhe proporcionarem um lugar na primeira fila é de bradar aos céus. Qual problema de habitação, qual custo de vida, qual guerra Rússia-Ucrânia, qual inflação? Isso são “peanuts”. Este e outros casos semelhantes é que deveriam preocupar António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.

Aliás, não é por acaso que declinei o convite para estar presente na referida gala. Não me garantiam lugar nas primeiras filas e para não aparecer nas principais fotos/filmagens então o melhor era ficar em casa.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:10

Julho 04 2019

transferir.jpg

A bebé Matilde tem, e ainda bem, gerado uma onda de solidariedade por todo o país. Não há rede social onde não existam apelos mais ou menos veementes e pungentes para ajudar a aquisição do medicamento muito caro e que a pode salvar. A comunicação social em geral também não se tem ficado atrás e não existe serviço noticioso onde tal não é relatado ao mínimo pormenor. Eu próprio não fiquei imune à chamada.

Ora, de acordo com as últimas notícias os dois milhões de euros necessários já foram amplamente alcançados. Graças a Deus, acrescento eu. Conclui-se que a solidariedade, entre os portugueses, não é uma palavra vã.

Se até aqui, tal nos leva a erguer as mãos para o Céu, o caso poderá mudar de figura se se confirmar que o Estado suportará todas as despesas desde que o medicamente seja ministrado em Portugal, o que, de acordo com a farmacêutica proprietária da molécula inovadoríssima, não é problema.

Ora, este novo desenvolvimento levanta uma questão: o que fazer com os aludidos dois milhões? Segundo os progenitores da Matilde estes seriam canalizados para outras Matildes. Até aqui tudo bem, com é costume afirmar-se. Porém, escaldados como estamos de outros casos – vide incêndios de Pedrógão Grande, entre outros – é de temer o pior. Deus queira que não.

Por último, e voltando às redes sociais - não que seja um permanente utilizador, informo desde já -, tenho observado que pessoas existem que não se coíbem de divulgar a quantia e algumas chegam ao cúmulo de publicar o recibo da respectiva transferência. Chegados aqui, tenho de que afirmar, em tom peremptório, a minha contrariedade com tais posturas. Sempre fui ensinado que se deve fazer o bem sem olhar a quem, tal como a benemerência e/ou caridade deve ser o mais discreta possível. Já dizia Jesus Cristo, há dois mil anos, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (Mateus.6:1-18).

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:03

Outubro 25 2018

images.jpg

Sou o último a desmentir que, desde os bancos da escola, existe o ensinamento e, sobretudo, a aprendizagem da solidariedade. Digo solidariedade no singular, uma vez haver variantes, umas dignas outras nem tanto. Todos sabemos que os discentes de uma turma sabedores que alguém cometeu um erro, na esmagadora maioria, senão a totalidade, manifesta solidariedade com o prevaricador e, nesses termos, não o denuncia. Aliás, nessa ordem de ideias, não nos podemos admirar que, mais tarde, alguns desses mesmos quando já adultos, por exemplo, numa questão de um crime, manifestem uma forte solidariedade para a não denúncia mútua.

Todavia, não é essa solidariedade que preconizo e venho defendendo. O grau crescente de exigência para com os outros e nós próprios, vendo nessa exigência não somente um direito, mas também uma obrigação de contributo positivo para a criação de uma sociedade com sucesso é algo que deveria ser inato a cada um, enquanto usuários, trabalhadores, membros de família, mas também enquanto cidadãos contribuintes que têm forçosamente de pedir maior eficácia a todos, sobretudo à classe política.

A mudança substancial no agir quotidiano pela via da qualidade, multiplicando os bons exemplos, os quais infelizmente vão rareando, deveria ser o pão-nosso de cada dia. Finalmente, enquanto pilar desse esforço, como condição necessária, mas não suficiente, para a afirmação de solidariedade do cidadão para o cidadão, importa que todos assumamos um papel claramente mais interventivo de participação activa na sua construção.

Numa antítese do nosso proverbial sebastianismo, e adaptando um célebre discurso do presidente Kennedy, enquanto cidadãos responsáveis “não perguntemos o que a solidariedade pode fazer por nós, mas antes o que podemos fazer pela consolidação da solidariedade em Portugal”.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:48

Outubro 22 2018

images (1).jpg

Todos sabemos como nos devemos relacionar o melhor possível uns com os outros, apesar de no dia-a-dia, por impulso ou abstracção, nem sempre pensarmos na questão. Assiste-se, portanto, a um desenvolvimento inter-relacional nem sempre no sentido de uma verdadeira aproximação à sociedade. Isto por um lado, uma vez que por outro a respectiva consolidação não acontece forçosamente ao nível mais microscópico de cada um de nós, corresponsáveis pela sua afirmação, enquanto simples indivíduos, membros de famílias e comunidades.

Nesta cruzada constante do quotidiano, na forma como cada um de nós o vive (enquanto pessoa, no posto de trabalho, no ambiente familiar, etc.), desenham-se os verdadeiros contornos de construção agregada do edifício comum de cidadania. É, assim, justamente nesta ponte entre o indivíduo e a sociedade, onde se afirmam os nossos valores, que se situa igualmente um dos pontos críticos de amadurecimento do nosso país em matéria de solidariedade. Importa, por isso, reequacionar a forma como os respectivos referenciais - estruturas e políticas – se estabelecem.

Se esta tendência é notória e já demasiado universal, ela redobra, no entanto, de significado quando estamos a falar, como é o nosso caso, de um pequeno país periférico com grandes obstáculos a vencer, os quais só podem ser enfrentados não por fazer muito, mas por fazer bem, melhor que os outros e cada vez melhor.

E desenganem-se aqueles para quem esta reflexão apenas se estende aos grandes e médios aglomerados populacionais, pois tal já se verifica, infelizmente, nos pequenos povoados. Não em termos de tanta grandeza, mas já algo preocupante. 

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:55

Fevereiro 04 2013

Todos os conhecemos. Existem os que falam demasiado, os que praticamente não falam e até os completamente calados. Há, ainda, os que não sabem ouvir. Quais os piores? Não sei. O que sei, sim, é que, igualmente, há os que espalham boatos e criam intrigas, os que têm sempre a última palavra sobre todos e quaisquer temas, os que criticam tudo o que não seja trabalho da sua autoria e/ou dos seus amigos e familiares, os que dão “graxa” ao chefe às claras – e às escuras também -, os que acham que nada se faz na sua ausência, esquecendo-se que o cemitério está cheio de pessoas que se tinham como insubstituíveis, os que fazem tudo para ver o “circo” pegar fogo e, estes, sim, os mais perigosos, os que assumem como missão de carreira tirar todos os obstáculos que os separam do caminho do poder.

Igualmente, não podemos esquecer aqueles que apenas olham para o seu umbigo, que somente recordam e falam das suas dificuldades, esperando, muitas vezes até reclamando, a todo o momento ajuda e colaboração, não recordando, porém, que existem muitos outros em piores condições. Mais: quando ajudados, muitas vezes nem um obrigado dizem, pois acham que quem tal iniciativa teve nada mais fez que a sua obrigação. Porém, quando chamados a prestar auxílio e solidariedade àqueles que os apoiaram, os quais, por um motivo ou outro necessitam de assistência, não têm qualquer rebuço em a negar.

Nesta época em que os valores morais andam pelas ruas da amargura, onde os fantasmas mais negros nos cercam, dizem os especialistas que o ambiente social e afectivo tende a hostilizar-se, a competitividade entre as pessoas aumenta e as pequenas/grandes “facadas” nas costas também. É, neste cadinho turbulento, nesta tormenta em que estamos mergulhados, em que as pessoas revelam o que têm de melhor e de pior, que temos de estar preparados para lidar com todas estas facetas.

Por isso, quanto melhor me conhecer, mais seguro e confiante me mostrar e souber passar uma imagem real de mim e da minha competência, maior probabilidade de escapar ileso à crescente oposição dos mal-intencionados terei e melhor preparado estarei para lidar de forma positiva com os “feitios difíceis” que encontramos a par-e-passo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:41

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
hernani.pereira@sapo.pt
Janeiro 2025
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

12
13
14
15
16
17
18

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30
31


arquivos

Janeiro 2025

Dezembro 2024

Novembro 2024

Outubro 2024

Setembro 2024

Agosto 2024

Julho 2024

Junho 2024

Maio 2024

Abril 2024

Março 2024

Fevereiro 2024

Janeiro 2024

Novembro 2023

Outubro 2023

Setembro 2023

Agosto 2023

Julho 2023

Junho 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Julho 2022

Junho 2022

Maio 2022

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Julho 2021

Junho 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Junho 2020

Maio 2020

Abril 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Julho 2019

Junho 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Julho 2018

Junho 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Julho 2017

Junho 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

Junho 2006

Maio 2006

Abril 2006

Março 2006

Fevereiro 2006

Janeiro 2006

Dezembro 2005

Novembro 2005

Outubro 2005

Agosto 2005

Julho 2005

Junho 2005

Maio 2005

Abril 2005

Março 2005

Fevereiro 2005

Janeiro 2005

Dezembro 2004

pesquisar
 
blogs SAPO