Todos os conhecemos. Existem os que falam demasiado, os que praticamente não falam e até os completamente calados. Há, ainda, os que não sabem ouvir. Quais os piores? Não sei. O que sei, sim, é que, igualmente, há os que espalham boatos e criam intrigas, os que têm sempre a última palavra sobre todos e quaisquer temas, os que criticam tudo o que não seja trabalho da sua autoria e/ou dos seus amigos e familiares, os que dão “graxa” ao chefe às claras – e às escuras também -, os que acham que nada se faz na sua ausência, esquecendo-se que o cemitério está cheio de pessoas que se tinham como insubstituíveis, os que fazem tudo para ver o “circo” pegar fogo e, estes, sim, os mais perigosos, os que assumem como missão de carreira tirar todos os obstáculos que os separam do caminho do poder.
Igualmente, não podemos esquecer aqueles que apenas olham para o seu umbigo, que somente recordam e falam das suas dificuldades, esperando, muitas vezes até reclamando, a todo o momento ajuda e colaboração, não recordando, porém, que existem muitos outros em piores condições. Mais: quando ajudados, muitas vezes nem um obrigado dizem, pois acham que quem tal iniciativa teve nada mais fez que a sua obrigação. Porém, quando chamados a prestar auxílio e solidariedade àqueles que os apoiaram, os quais, por um motivo ou outro necessitam de assistência, não têm qualquer rebuço em a negar.
Nesta época em que os valores morais andam pelas ruas da amargura, onde os fantasmas mais negros nos cercam, dizem os especialistas que o ambiente social e afectivo tende a hostilizar-se, a competitividade entre as pessoas aumenta e as pequenas/grandes “facadas” nas costas também. É, neste cadinho turbulento, nesta tormenta em que estamos mergulhados, em que as pessoas revelam o que têm de melhor e de pior, que temos de estar preparados para lidar com todas estas facetas.
Por isso, quanto melhor me conhecer, mais seguro e confiante me mostrar e souber passar uma imagem real de mim e da minha competência, maior probabilidade de escapar ileso à crescente oposição dos mal-intencionados terei e melhor preparado estarei para lidar de forma positiva com os “feitios difíceis” que encontramos a par-e-passo.