Foi um fim-de-semana extraordinário. Assim foi de verdade, tal como outros houve que foram perfeitamente deprimentes e acerca dos quais pagaria tudo ou quase tudo o que possuía para que não tivessem acontecido. É a vida … como diria o outro.
Iniciou-se o périplo pela vindima das uvas brancas. E, ao contrário do que temia, devido ao stress das videiras, provocado pela ausência de chuva, tive mais quantidade que o ano transacto e com maior grau alcoólico. Já agora, só peço a Deus que a chuva que se anuncia para a próxima semana não danifique as uvas tintas e, por isso, não transforme a vindima mais penosa do que ela já é. Sim, porque ao contrário do que se apregoa, bem como do sentir despropositado e da realidade desfasada conjecturada por muitos citadinos, a vindima não é uma festa e de folclore tem muito pouco ou nada.
Por outro lado, apesar de saber que alguns dos meus leitores abjurarão este dado – em tempos assim foi -, a matança da porca, por mim criada somente com alimentos que a bendita terra dá, ocorrida neste sábado, seguido do sarrabulho, das febras acabadas de cortar e grelhadas de imediato no carvão, temperadas apenas com uns ligeiros salpicos de sal, isto para não falar dos torresmos, foi outro momento alto. O largo conjunto de familiares e amigos, que à mesa reuni, disso deram testemunho.
Hoje, contudo, o dia foi de descanso. Por isso, a ida à Praia de Mira foi a escolha certa. E, em duas palavras, resumo como estava: simplesmente maravilhosa. Fomos cedo, uma vez o calor, que se fez sentir logo pela manhã, a isso convidava. A leitura do jornal, logo após a chegada, foi obrigatória. O almoço, há muito combinado, foi uma caldeirada mista, divinamente servida no “Lila”, acompanhada de um vinho branco maduro, bem fresco, como convinha. A terminar, um excelente melão como há muito não comia. O resto da tarde foi passado entre uma ligeira sesta e o tagarelar sobre isto e aquilo, entremeado com uns finos, bebidos no bar da praia, uma vez que garganta, devido à secura, isso pedia.
Tarde que ainda deu para comprar, na própria praia, umas petingas, fruto da pesca por “arte xávega”, e que mais tarde se comeram fritas guarnecidas com um belo arroz de tomate.
Para terminar dia em beleza só necessitava que o FC do Porto vencesse no campo do Estoril, o que acabou por não acontecer. O empate 2-2, apesar de terem estado a vencer por duas vezes, soube a pouco e resume o pior jogo que os campeões fizeram nesta época.
Bem, nem tudo pode ser perfeito!!!