O meu ponto de vista

Dezembro 09 2016

Foi por amor e posterior casamento que António Branquinho, beirão abastado e com gosto pela vida, arrancou Julieta Morais das fragas transmontanas. É um homem com mundo, mas bem agarrado à terra. Nunca lhe deu para sair dali. Melrose é o seu refúgio, explica ele, com a força de um facto natural.

É um mestre em propaganda e publicidade. António diz-nos que a Romaria de S. João de Melrose é a maior de Portugal. É conveniente não discutir, pois é a forma calorosa de nos convidar, pois os melrosenses adoram receber. E vale a pena entrar na festa. Pelo menos uma vez na vida. Só não se recomenda a quem tem fobia a multidões, foguetes e música a rodos.

Quando faz sol, Melrose brilha em luz tão intensa que se confunde com o céu e o rio. Mas isso é só o lado visível. A alma colectiva cintila ainda mais. As raparigas de Melrose dão corpo ao mito, com fama e proveito, de serem as mais belas de Portugal. O exibicionismo, quase insolente, a elas fica-lhes bem. E atraem multidões!

Nos últimos vinte anos, a vila cedeu finalmente ao pedido de namoro do rio. Muros e grades foram derrubadas e os espaços adjacentes devidamente ajardinados. Passear em Melrose é um dever e, então, no Bairro dos Álamos é um exercício indispensável para quem quer conhecer o espírito dos melrosenses. Têm, neste velho bairro, aberto muitas tabernas e restaurantes. Outros ganharam vida nova, como o Refúgio, mais conhecido pela “Tasca do Ti Alberto”.

Já não são apenas os homens do campo que frequentam assiduamente aquele antigo aglomerado habitacional. Locais e visitantes – estes, por vezes, excessivamente – ali se reúnem para saborear uns enchidos, uns queijinhos e outros petiscos de ocasião.

O António, esse continua enamorado pela sua Julieta. Porém, apesar dos setenta e muitos, é incapaz de não virar a cara e arregalar o olho à passagem de uma rapariga bonita. Diz que há-de ser sempre assim e que se Deus lhe deu dois olhos foi para apreciar as coisas belas. E beleza aos montes e por montes tem aquela terra. Depois, acrescenta, a minha cachopa – é assim que trata a mulher – agora já não se incomoda. Sabe que sou cão que ladro mas não mordo. Porém, é incapaz de não acrescentar a palavra "infelizmente"!

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:42

Outubro 28 2016

Perguntam-me, por vezes, se estou de acordo com tudo aquilo que escrevo. Respondo que maioritariamente sim, uma vez que é fruto do meu modo mais intrínseco de pensar. No fundo, é produto das minhas reflexões pelo que hoje-em-dia sou, com todas as condicionantes da razoabilidade. Contudo, existem excepções que confirmam a regra. É o caso do presente texto.

Não adianta negarmos o óbvio, com as devidas exclusões. Se há décadas vivíamos uma relação para toda a vida, presentemente passámos a ter várias e a mudar de parceiro(a) consoante as circunstâncias que a vida dita. Reparem que não falo do coração e tal é propositadamente. A adaptabilidade ao modelo de vida que nos é, muitas vezes, imposto ou que “livremente” escolhemos, obriga a uma gestão mais eficaz dos nossos recursos e talentos, face às contingências dos ciclos etários.

Esta flexibilidade relacional, com a qual não concordo, repito, tem uma forma de expressão muito característica, fundamentalmente assente no individualismo, na não cedência, na cristalização de ideias e hábitos e no ter sempre razão. Outras marcas existem mas, no essencial, são residuais. Convém também atentar que este modo de ser e estar, servindo-se da conjuntura económica penosa pela qual passamos, fixou-se para muitos definitivamente - ainda que por vezes pouco claro - e com conotação prestigiante para os seus intervenientes. Infelizmente, acrescento.

No ano transacto, de acordo com as estatísticas oficiais, por cada 100 casamentos oficializados registaram-se 65 divórcios. Ora, tal leva-nos a concluir que o acima exposto tem concretização efectiva e que se trata de uma modalidade relacional perfeitamente viável nos dias de hoje. Por isso, se quereis continuar a fazer frente à solidão, há que optar entre aceitar estas novas dinâmicas e moldá-las rapidamente a vosso favor, ou continuar a evitar sequer discuti-las, insistindo num passado que dificilmente será repetido.

Vale a pena pensar nisto!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:46

Setembro 21 2016

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Já se esqueceu da última vez em que foi amado(a)? Não se sinta constrangido(a). Basta começar a um nível tranquilo e, à medida que se sentir mais confiante, intensifique gradualmente o esforço. Se necessitar de um incentivo, não hesite em desafiar um(a) amigo(a) para o(a) acompanhar, pois para além do convívio – aliás, importantíssimo – beneficiam ambos da actividade.

Deveras relevante é não desistir. Por isso, talvez o melhor seja começar por algo de que goste. Ou por uma actividade simples, como uma ida ao cinema, a qual pode ser feita ao final do dia. O único “equipamento” que requer é paciência, saber ouvir e proporcionar conforto. É conveniente levar uma garrafa de água, para manter bons níveis de hidratação, bem como para que o órgão móvel da sua cavidade bucal não desseque.

O essencial é sentir-se bem e, acima de tudo, sempre melhor. Experimente. Vai ver que nota a diferença.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:23

Dezembro 22 2015

O que é o amor? Há muitas explicações, quer sejam filosóficas, emocionais ou mais ou menos racionais. Há, inclusive, quem não acredite em tal. Manda, porém, a verdade dizer que sem amor ninguém consegue sobreviver. E todos, sem excepção, ansiamos por ele, ou até pelas simples migalhas que caem da mesa onde é servido.

O amor é o espelho da alma, o reflexo das acções, o poder das decisões e, sobretudo, o conjunto das atitudes e comportamentos. O que lemos quando analisamos a afectividade são o resultado dessas decisões e as tendências gerais que, por sua vez, auxiliam o responsável pelos batimentos cardíacos a tomar novas decisões, diminuindo ou aumentando, consoante as circunstâncias, a incerteza desses momentos.

Por isso, quando aprofundamos as análises que fazemos e extraímos leituras da realidade, sabemos que estamos a contribuir com um activo valioso para a nossa vivência relacional.

Os caminhos do amor, à semelhança dos do Senhor, são insondáveis e daí a riqueza dos mesmos. O que sabemos é que umas vezes se cruzam, outras correm paralelos e, amiúde, infelizmente, jamais se encontram, sendo que, para o presente caso, a primeira hipótese seja a mais desejável. Que existe interferência, seja ela directa ou indirecta, isso é indesmentível.

E, naturalmente, é tentador que aquela interferência se faça no sentido de permitir que as pessoas desempenhem plenamente o seu papel estruturante na relação, desde logo criando bem-estar e prazer mútuo.

Sendo certo que também não tenho resposta às muitas questões que a mim próprio coloco, de uma coisa estou convicto: tudo o que sabemos é uma ínfima parte do que sentimos e, por isso, importa que seja muito mais os sentimentos a falar que a mera competição de palavras.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:48

Dezembro 04 2015

Com a cadência de um movimento pendular, perpetuado pelo afecto, curiosidade e zelo semelhante aos dos artesãos, percorro, no tempo e no espaço, o teu corpo macio, incorporado de técnicas, materiais e diferentes linguagens que vivificam o passado, o presente e o futuro da criatividade divina.

Hipnotizado por uma inesgotável fonte de prazer, motivado pelas tuas formas e cores, cedo o controlo dos meus sentidos à intuição conferida pela experiência e, conforme dizia a poetiza, “perco-me para me encontrar”.

E, uma vez mais, embalado por um vórtice animado pela tua presença, rodeada de mitos, fantasias, personalidades históricas e lugares de inaudita fauna e flora, senti o mesmo ímpeto de sempre: o de ser e criar em ti.

Dá-se o clique que me impele a tomar as rédeas deste fluxo, e a exuberante coreografia torna-se matéria que agarro e transformo, gesto após gesto, numa forma na qual encontro de novo a plenitude.

Ao fazer florescer em ti as geometrias e padrões de cores luxuriantes, reconheço símbolos de um passado não muito distante. De um tempo na qual a criatividade, nutrida pelos mais profundos sonhos e desejos, habilmente se colava nós, desbravando, assim, as infinitas possibilidades futuras de expressão conjunta.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:15

Novembro 13 2015

Emoções existem que duram mais que uma vida. Atravessam gerações. Emoções que ligam objectivos únicos a momentos especiais, nos quais estiveste presente. Alguém muito importante para um resultado perfeito e duradouro.

Todavia, também não deixa de ser verdade que existem assuntos que são férteis em dúvidas. E não é por isso que deixo de gostar deles. Bem pelo contrário e ainda bem! Jamais gostei de tudo certinho e, sobretudo, de quem tem certezas absolutas!

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:33

Novembro 25 2014

Isto de escrever apenas pelo prazer de ver algo no papel ou no ecrã, sem que de tal provenha quaisquer proventos, por vezes é de uma incongruência atroz, para não dizer inconsistência feroz – rima mas não quer dizer nada.

A agravar a situação regista-se um momento em que o interior nos absorve as palavras e o exterior as repele, tudo contribuindo para a excisão do eu por mais intrincado que seja.

Depois há considerar que em determinadas alturas poucos haverá que queiram saber algo mais que o facto mediático que exponencia a atenção da larga maioria. Que fazer então?

Dar também voz à sanha persecutória que anima os minutos e as horas dos nossos miseráveis dias, animando demagogicamente as conversas de sentido único que giram incessantemente à nossa volta? Ou paramos, reflectimos e tentamos analisar friamente, i.e., tendo em linha de conta a história e, sobretudo, os deveres e direitos, independentemente do muito pouco que vemos, mas que ouvimos demais? Ou, ainda, inclinarmo-nos para o que anima o mais recôndito do nosso ser?

Bem, acabei por escrever algo. Porém, tenho a nítida sensação de que não disse nada! Paciência, amanhã é outro dia.

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:27

Novembro 12 2014

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Este mundo seria muito melhor se as pessoas dissessem o que sentem em vez de dizerem o que pensam.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:52

Abril 08 2014

Olhava o ecrã vazio do computador, uma vez já serem muito poucos aqueles que escrevem directamente em folha de papel, e, com toda a sinceridade, apetecia-lhe escrever sobre o amor, seja ele relativo a uma pessoa especial, ao próximo ou seja lá quem for. Contudo, era impossível!

Com toda a franqueza, o que sobrava em ideias faltava palavras para tal. Não há dúvidas que necessitava de crescer neste campo e, para tal, teria de investir, o que não tinha feito nos últimos tempos, diga-se em abono da verdade. Outras preocupações recentes tinham-no obrigado a trilhar outros caminhos, pelo que só existia uma solução: pedir a Deus para lhe dar forças para não criar, ainda mais, fossos entre a felicidade e o mal-estar, isto para utilizar uma expressão muito soft.

É a construção deste equilíbrio, aliás muito difícil, podem crer, que ele designava por audácia de mudar. A reflexão que tem vindo, paulatinamente, a fazer, demanda, antes de mais, soluções concretas, portos onde ancorar, de preferência com “mar-chão”, bem como terra onde possa cavar o dia de amanhã.

Dizia o outro dia, convictamente, para consigo próprio: há que me (re)conhecer nesta recente fase e, sobretudo, (re)apreender o novo eu para, posteriormente, (re)compreender os outros. A drenagem dos recursos tem sempre um fim e a tentativa de inverter, não digo os flagelos, mas os desaires é algo a encetar sem demora.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:21

Abril 07 2014

O assunto que domina este texto não é, deforma nenhuma, a continuação do anterior, apesar de parecer. Este é, antes de mais, um aviso prévio à navegação, principalmente para aqueles que não gostaram do antecedente, de modo a que não desistam da leitura deste.

Afinal, a segurança não é sinónimo de ausência de risco, mas antes a necessidade de, por nós próprios ou através do amparo proporcionado por terceiros, nos acautelarmos face aos eventuais perigos, sinistros ou infortúnios que a todo o momento podem espreitar. No entanto, e tendo em conta que é limitada a capacidade de, pelos nossos próprios meios, nos precavermos das ameaças a que naturalmente estamos expostos na vida, em matéria de saúde, de emprego, no que toca à habitação, aos veículos ou às finanças pessoais, e ainda no que diz respeito ao desempenho nos negócios – compras, alugueres, acções em tribunal, etc. – é necessário, nos dias que correm, uma preocupação acrescida.

Como se costuma dizer “cuidados e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. Por isso, valorizada tanta pelas famílias como pelos que vivem sós, a garantia de estabilidade é, não obstante os privilegiados, ainda mais premente em conjunturas de crise como aquela com que o país se debate nos mais variados quadrantes. Não é difícil perceber porquê: é nestes momentos de incerteza que os cidadãos ficam mais vulneráveis e, por isso mesmo, mais necessitam de um abraço amigo.

Se em determinados casos, pelo menos aparentemente, os cenários de maior instabilidade económica, social e, sobretudo, emocional, abonam a favor da relação conjugal, há, porém, o reverso da medalha, i.e., não se deve esquecer o que tal panorama pode acarretar. Dito por outras palavras, outras consequências negativas existirão, às quais o bom senso não poderá ficar imune.

A redução do poder de compra, a diminuição dos rendimentos disponíveis, o aumento dos encargos, a pressão fiscal, a precariedade laboral e social, a retracção da economia e o receio perante a ameaça de maior austeridade são obstáculos inequívocos para determinadas atitudes, levando a que as pessoas – tanto individualmente como corporativamente – tenham maior propensão para alterarem os seus valores e padrões de vida.

Contudo, sendo certo que, em determinada medida, estes pressupostos sejam mais ou menos verdadeiros, também não deixa de ser verídico que as pessoas fazem escolhas e adoptam, por vezes, comportamentos incompreensíveis, já que se aqueles são válidos para uma postura, igualmente o devem ser para todo o modo de vida.

Se a desconfiança pode ser mãe de toda a segurança, é correcto também afirmar que certas estratégias e mudanças bruscas no modo de ser e estar, fazendo tábua rasa de todo um passado em que usufruíram muito mais do que deram, levam ao afastamento, à degradação das relações e a perspectivar novos horizontes.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:28

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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