O meu ponto de vista

Junho 13 2022

Os combustíveis continuam, semana após semana, a aumentar. E o governo, comando por esse expert em estratégia política, de sua graça António Costa, bem como expoente máximo de trazer a comunicação social pela trela, não abre a boca. Pudera! Em cada aumento, mais os cofres do Estado amealham.

A inflação dispara? O que importa? Com os preços mais elevados mais impostos são arrecadados, uma vez que o IVA incide sobre o preço final.

A saúde pública rebenta pelas costuras, mercê de fortes e danosos cortes no investimento público. Não importa. Isso é coisa de somenos importância.

Uma coisa é anunciar milhões e mais milhões, outra bem diferente é aquilo que verdadeiramente é investido. As cativações exercidas, durante oito anos, com o beneplácito da pseudo-esquerda, aí estão para o provar. E o que diz o governo? Nada! Fecha-se em copas, pois quanto menos falar melhor.

E, depois, a maioria absoluta dá-lhes esses ares de falsos pergaminhos.

Por fim, o PR, Marcelo Rebelo de Sousa, dispara – pólvora seca, entenda-se – em todas as direcções, o que quer dizer que concretamente nada diz e muito menos adianta.

publicado por Hernani de J. Pereira às 16:46

Fevereiro 14 2021

Em tempos de contínua luta com vista a salvar milhares e milhares de vidas, chegando ao cúmulo de necessitarmos de ajuda do estrangeiro, como são exemplos as equipas de saúde da Alemanha, França e Luxemburgo que estão entre nós, o que faz o nosso parlamento? A resposta está nos temas fracturantes: eutanásia e a possibilidade de mulheres poderem engravidar com esperma de maridos já mortos. Está bem visto, pois é isso que preocupa, sem margem para dúvidas, a esmagadora maioria dos portugueses.

É o que dá sermos governados por uma maioria de esquerda e extrema-esquerda.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:15

Maio 12 2020

Nos últimos anos tenho dormido mal e cada vez é pior. Porém, nada que se compare com agora. Súbita e enorme alteração de hábitos, a ansiedade devido à pandemia do Covid-19 e, sobretudo, a multiplicidade de afectos referente às relações familiares, têm conduzido a que durma muito mal e, ainda por cima, pouco.

É do conhecimento geral que o sono influencia o nosso sistema imunitário, regula o metabolismo, quer pelo equilíbrio da glicose e da insulina, quer pelo balanço entre hormonas da saciedade e do apetite. Então, a sua preponderância sobre o sistema cardiovascular nem é bom falar. De facto, podemos estar muito mais tempo em jejum do que sem dormir.

Dizem os especialistas que devemos dormir quando o sono surge e não o forçar com o objectivo de cumprir as horas recomendadas. O pior é que geralmente a vontade de dormir surge a horas pouco recomendáveis, como, por exemplo, a seguir ao almoço. Ora, o cumprimento do horário lectivo, bem como uma Laurinha de cinco anos impedem este desejo.

Resta o consolo daquelas velhas palavras que dizem: quando morrer terei muito tempo para dormir.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:48

Dezembro 18 2019

De acordo com o Observador de hoje, “uma auditoria do Tribunal de Contas concluiu que a Parceria Público-Privada (PPP) do Hospital de Vila Franca de Xira resultou não só num aumento da oferta de cuidados de saúde à população, como permitiu ao Estado uma poupança estimada na ordem dos 30 milhões de euros, mas vai acabar. (…) O Tribunal de Contas diz que o Governo tem de fundamentar escolha do novo modelo de gestão”.

Sinceramente, isto é completamente surreal. Então, um contrato cujo modelo de funcionamento é melhor que outro e, ainda por cima, leva à poupança de milhões de euros, não é renovado? Só a mais pura ideologia dos parceiros do PS, leia-se PCP e BE, acompanhados de muitos socialistas, incluindo a actual ministra da Saúde, pode obrigar o governo a tomar tal medida. É evidente que a aprovação do OE, bem como a facilitação da gestão governamental justificam muita coisa. Todavia, há limites para tudo.

Depois queixam-se que o dinheiro destinado à Saúde é insuficiente. Por esta e por outras - não tenha a menor dúvida - que assim irá acontecer eternamente. Ámen.

Já agora, com esta atitude, é demagogia dizer “não creio que seja de esquerda promover défices e aumento de dívida”, como referiu António Costa, uma vez ser exactamente isso que faz.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:48

Fevereiro 07 2019

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(Imagem retirada daqui)

 

Acordar com o chilrear dos pássaros, tomar o pequeno-almoço a olhar para o mar, dar dois passos e mergulhar em águas cristalinas, ler um livro à sombra de uma árvore, calcorrear os seus trilhos predilectos, partilhar um churrasco com os amigos, ou simplesmente usufruir da quietude do seu canto, num “dolce fare niente”. Tudo isto está ao seu alcance … desde que tenha tempo disponível e, sobretudo, dinheiro.

Agora, com toda a sinceridade, acorde e ponha-se a trabalhar, uma vez estar com alucinações. Sim, porque há números e números que se traduzem em pessoas reais que passam dificuldades de toda a ordem. Não admira, por isso, observar que cada vez mais são aqueles, os “velhos” para voltar ao mercado de trabalho, mas que ainda são jovens para se entregarem à ociosidade, que agarram a terra como sua.

É que o envelhecimento não é um estado, mas sim um processo natural e irreversivelmente progressivo pelo qual todos os seres humanos passam. Neste âmbito, surge um conceito muito interessante: o início da ancianidade, a qual se quer mais activa possível.

Já agora, tal como nos bebés, também o adulto que se sente amado é menos vulnerável à depressão e até a outras maleitas. No sentido total, o amor continua a ser decisivo. Quem tem oportunidade de ser útil a si e aos seus, bem como servir os outros, conseguindo encontrar missões na sociedade, dá outro sentido à vida e usufrui de mais saúde.

publicado por Hernani de J. Pereira às 10:16

Junho 26 2018

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Apesar deste início de Verão muito envergonhado, há muito homem a pensar o modo como se há-de apresentar na praia depois de farras, copos e, sobretudo, pouco exercício efectuado durante os meses que antecederam. Sim, porque o corpo masculino também é hoje celebrado como objecto de interesse sexual, desportivo ou lúdico. Aliás, não por acaso que o ideal popular, por estes dias, passou a valorizar o porte atlético como verdadeiro e quase único atributo do homem.

Os modelos são sempre jovens, bonitos e, pelo menos por fora, perfeitos. A televisão, algo cada vez mais consumido, mostra incessantemente imagens de gente linda e magra, eles musculados e confiantes, mesmo que seja para usar um detergente qualquer para a roupa, dançando com mulheres bonitas, cinturas de vespa e, cereja em cima do bolo, sexys.

É claro que existem homens que não perseguem activamente os novos padrões corporais masculinos – eu, pecador, me confesso -, muitos, porém, idealizam-nos e consideram-nos um objectivo social e cultural a atingir a todo o custo. Todavia, se é verdade que existe alguns - e ainda bem – com uma preocupação genuína, intensa e permanente, em manter um bom aspecto físico, tanto mais que isso é muito bom em termos de saúde, outros existem que o fazem devido à imagem.

A autoestima e o modo como cada um se julga a si próprio, quase exclusivamente através da aparência, desenvolve a exigência de um ideal que, muitas vezes, pode levar a uma exagerada avaliação de si mesmo, tornando-se extremamente crítico para si e para com os outros. Numa época particularmente difícil para os homens, o mundo pede-lhes cada vez mais, o que faz com estes peçam, a si próprios, também cada vez mais.

publicado por Hernani de J. Pereira às 17:41

Maio 22 2018

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Morreu ontem António Arnaut. Apesar de, em tempos que já lá vão, me ter situado na área de influência do PS, todos sabem que, hoje-em-dia, situo-me - e bem - longe deste. Aliás, não é por acaso que se costuma dizer que enquanto jovens todos somos revolucionários e sabemos melhor que ninguém como mudar o mundo. Mais tarde, aprendemos que tal não passa de uma fantasia, apesar de ser absolutamente necessária passar por tal fase.

Todavia, a postura recente não me impede de reconhecer ser dele uma das mais importantes conquistas que o país auferiu pós-25 de Abril. Refiro-me concretamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). António Arnaut, ciente de que o futuro caminha atrás de nós, ganhou, sem sombra para dúvidas, uma vantagem competitiva. Porém, como tudo na vida, nada é garantia de sucesso por si só. Governos após governos, independentemente da sua cor, descuraram a solidez financeira do SNS e, sobretudo, não anteciparam as necessidades do futuro. Hoje, conforme o actual ministro da Saúde afirma “como está, jamais haverá dinheiro que chegue”. Contudo, esta análise levar-nos-ia a outras conversas, bem mais longas.

Assim, voltando àquele humanista, desde sempre lutador pela liberdade, invertendo a ordem das premissas, demonstrou ser capaz de antecipar as necessidades da saúde de um povo, o qual miseravelmente vivia, colocando particular atenção naquilo que é capaz de responder às exigências dos utentes que, como retorno da confiança depositada, esperam retirar do capital humano, científico e tecnológico uma mais-valia real, sem criar uma despesa suplementar.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:23

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