O meu ponto de vista

Junho 06 2019

Fosk@-se! Existem limites para a hipocrisia. Um político, sobretudo um primeiro-ministro, tem responsabilidades que em momento algum podem sequer sugerir que está a gozar com uma classe profissional. Neste caso, não aparenta, é nítido gozo. É enxovalhar uma classe muito digna, em que existem, como em todas, alguns maus profissionais, e que pode ter cometido alguns erros durante as suas lutas. Isto, porém, não dá o direito a quem quer que seja e muito menos ao chefe do governo de todos os portugueses - e não apenas daqueles que erguem o punho cerrado –, com a maior das displicências, sopetear os professores.

Não há volta a dar às palavras de António Costa. Depois de lhes "roubar" seis anos de tempo de serviço, é nítida a tentativa de amarfanhar e amarrotar os docentes quando afirma “quem melhor ensina as crianças é também quem melhor sabe definir o que as crianças precisam e como podem aprender. São os professores e as professoras. A todos e a todas, no final deste ano lectivo, muitos parabéns pelo que fizeram, bom trabalho para o futuro”.

Por mim, rejeito por completo este tributo. Aquele que sei sincero, que advém dos alunos, dos pais e da comunidade educativa, aceito de bom agrado.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:33

Fevereiro 27 2016

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 O nosso povo costuma, e muito bem, dizer “muitas graças a Deus, poucas graças com Deus”. Apesar de haver muitos que não são praticantes, o certo é que a esmagadora maioria, superior a 90%, declara-se católico e, por conseguinte, acredita em Jesus Cristo como filho único do Altíssimo.

Aliás, conheço muitos que dizendo-se não crentes, em momentos de aflição a primeira coisa que fazem é rezar e até, em última instância, prometem isto e aquilo a Deus e aos santos.

Somos um povo de matriz judaica-cristã, algo inegável e que, para desespero de uns poucos, faz parte integrante do nosso ADN. Refutar isto é negar a nossa história.

Por princípio sou adverso a tabus e adoro uma boa discussão filosófica, onde a religião e a cultura poderão estar incluídas, desde qua mesma seja feita num espírito de urbanidade. Todavia, existem assuntos sobre os quais não admito discussão e muito menos ofensa. Refiro-me concretamente, mas sem proselitismo, à crença religiosa de cada um, à ideologia política, à família e à bandeira. Posso não concordar e, por isso, sou livre de achar que aquela ou aqueloutra pessoa professa o credo errado, politicamente está equivocada, pertence a uma família inadequada aos padrões comummente aceites pela sociedade e o país cuja bandeira defende se encontra nos antípodas dos valores que defendo. Discordo e sou capaz de lho dizer cara-a-cara, mas não deixo de a considerar como ser humano e jamais me passa pela cabeça ofender os seus apreços.

Para o Bloco de Esquerda (BE), porém, nada destes valores, desta atitude e postura, deste modo de ser e estar tem qualquer valor. De tudo ri, escarnece e se serve para atingir os seus vis objectivos. É um baralhar perseverante e um novo dar de cartas permanente. Tudo é colocado em causa e tudo serve para fracturar, fazendo gala de serem constantemente elefantes mesmo que se encontrem em lojas de porcelana!

De modo algum posso calar a revolta que me assola de cada vez que olho para o cartaz por estes dias tronado público por aquela força política. É de uma baixeza, de um desmando atroz e uma afronta a todos os que acreditam em Cristo.

Liberdade de expressão sim, mas mesmo esta tem os seus limites. A minha liberdade termina quando começa a do outro, costuma-se dizer e com verdade.

Não sei se existem cristãos militantes no BE. Votantes presumo que sim. Gostaria de saber como se sentem ao admirar tal propaganda a propósito do fim da discriminação da lei da adopção.

publicado por Hernani de J. Pereira às 01:47

Julho 13 2011

 

 

Todos nós, mais de uma vez, já experimentámos a sensação de não podermos resistir a manifestar a nossa indignação, face a determinados acontecimentos, por os mesmos serem tão surpreendentes . A nossa paciência e, sobretudo, a resiliência também tem limites.

Então, não é que Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, lançou, em Espanha, uma campanha, conforme demonstra a imagem junta, onde se nota uma bandeira espanhola numa praia de Tróia, com um título que é, nem mais nem menos, “Conquista el Alentejo” (!!!), cujos cartazes se encontram espalhados um pouco por toda a Espanha.

Mas descansem os mais incautos, pois a mencionada promoção, que envolve cerca de 300 mil euros, não fica por tão grave atentado aos nossos mais insignes valores pátrios, uma vez que aqueles iluminados – ou serão luminárias? – tiveram ainda a resplandecente ideia de oferecer vouchers em combustível que podem ser descontados nos postos Galp. Vá lá, vá lá, podia ser bem pior: imaginem se oferecessem na Repsol?

Ah, como se devem estar a revolver nos respectivos túmulos os nossos antepassados, os quais, pelas múltiplas e mais diversas ocasiões e com sacrifico da própria vida, tudo fizeram para sermos uma nação independente! Caramba – perdoem-me a vulgaridade da palavra -, ou têm vergonha de iniciativa ou, caso contrário, terminem, desde já com a comemoração do 1º de Dezembro.

Não sendo, de modo algum, adepto da óptica jobs for the boys, de uma coisa tenho a certeza: existe muita administração pública que necessita urgentemente de uma vassourada.

publicado por Hernani de J. Pereira às 15:21

Novembro 09 2010

Como é bom pertencer ou mesmo, até, pensar que se pertence a uma elite social, cultural e/ou económica! Pouco importam as competências que se devem ter e provar diariamente. Interessa a alguém que não se possua os níveis mínimos de qualidade para exercer esta ou aquela profissão, este ou aquele cargo? Cada vez mais, infelizmente, estou convencido que não. O fundamental é ter um estatuto, mesmo que, por causa de todos esses factores, este seja quase completamente desvalorizado pela sociedade em geral.

Depois, independentemente de possuir ou não os saberes e as condições específicas para ocupar o lugar, é, apenas, conveniente que faça render os atributos (im)pessoais, mesmo que sejam os mais artificiosos possíveis: diplomacia/hipocrisia; dizer uma coisa pela frente/fazer outra por trás; fazer crer que se dá a face/carregando, simultaneamente, na alma, um ódio visceral; afirmar e reafirmar sim/não conforme o vento que passa; mostrar uma cara hoje/amanhã outra, tal como as folhas das árvores em dias de tempestade.

O modo como a maioria dos nossos dirigentes adere à rota do facilitismo mais desembargado, ao mesmo tempo que nos faz embarcar também, é vergonhoso. Pior ainda: é humilhante. Não fazem, não deixam fazer e desdenham de quem faz ou já fez. A ausência de espinha dorsal para dizerem basta aos poderes vigentes, seja aos centrais, aos regionais e, acima de tudo, aos locais, coloca-os numa posição de cócoras e, mais grave, prostra-os constantemente na horizontal. Como é evidente, todos aqueles que, por não terem outra alternativa, dependem destes não-senhores, destes autênticos escravos e servis de causas alheias - os quais assim agem para, eventualmente, continuarem a comer as míseras migalhas que caem da mesa do(s) poder(es) - são os primeiros a serem imolados no altar da incompetência. O que lhes resta, então? Gritar de indignação? Sim e muito alto, apesar de se saber que, de imediato, serão abafados pelos políticos de “terra queimada”? Actos de sublevação? Não acho que tal seja possível, uma vez que somos pessoas cordatas.

Contudo, de uma coisa podemos ter a certeza: os tempos mais próximos serão de justiça. Aguardemos, pois!

E, já agora, onde estão todos aqueles que, em tempos tão próximos, mostravam uma constante indignação, uma revolta - vermelha, sem ser por acaso – e que, por palavras, gestos, atitudes e escritos, por tudo e por nada vociferavam, na maior parte, aliás, sem razão? Estão tão calados! Será por se encontrarem a mamar na teta de toda esta incompetência?

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:37

Setembro 29 2010

Desculpem-me os leitores mas não posso calar a minha enorme revolta com aquilo que acabo de ouvir nos noticiários televisivos das 20H00: redução dos salários, aumento do IVA e do IMI, bem como do Imposto sobre Transacções Imobiliárias. Isto para não falar nas reduções das pensões, aumento das contribuições para os subsistemas de saúde, leia-se, por exemplo, ADSE, entre outros casos graves.

Quanto à eliminação de desperdício público – empresas públicas e municipais, institutos, fundações, DREs e outros quejandos, enormes sorvedouros do erário público – praticamente nem uma palavra. Pudera, os boys não podem ser “despejados".

E, enquanto este regabofe é anunciado e, pior ainda, se vai mantendo, uma vez que daqui a três meses, novas medidas aí estarão na calha, os deputados do PS e do BE entretêm-se a discutir o sexo dos anjos, ou melhor o sexo de quem nasceu com um pirilau e quer ser designado de “maria” e vice-versa.

Será que vamos aguentar esta corja por muito tempo? Basta! O direito à revolta tem que ser exercido. Já!

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:08

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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