O meu ponto de vista

Março 27 2020

A sério. Tem sido um enorme dilema. O que fazer no fim-de-semana para não me aborrecer? Como todos bem sabemos, o tédio e o ócio são extraordinariamente aborrecidos. Por isso, tenho dado voltas e voltas à cabeça para descobrir como ficar em casa, mas “contentinho da silva”.

Até que hoje ao participar numa reunião por videoconferência – que bem que isto soa – surgiu a luz, qual orgasmo tardio. Nem mais, nem menos: decorar o local de onde enviarei as mais sugestivas imagens para o mundo. As plantas meio tropicais, meio mediterrânicas, nas laterais ficam bem e dão um ar naif. Por outro lado, pelo menos um quadro de um pintor famoso, mesmo que seja uma cópia manhosa, colocado ao lado de uma estante com muitos livros, pouco importando se foram ou não lidos, também fica sempre bem.

Na próxima semana farei a barba todos os dias. Aftershave e desodorizante, são dispensáveis, uma vez que, pelo que se saiba, estas geringonças ainda não transmitem cheiro. O grande óbice é o cabelo, pois há mais de quinze dias que necessitava de o cortar. Agora … Por falar em cabelo: apostam que daqui a uns meses não faltarão novas tendências nesta área?

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:34

Novembro 27 2019

De há umas semanas a esta parte, nas escolas, as reuniões sucedem-se a um ritmo alucinante. São de grupo/disciplina, departamento, de curso, preparatórias disto e daquilo, entre tantas outras. E nestas existe de tudo como na farmácia. Existem os mais individualistas, outros partidários do colectivismo, uns enfatizando a igualdade, outros valorizando a hierarquia, uns mais orientados para os resultados, outros focando-se nos relacionamentos.

Na condução de tais eventos, há os tendem a resolver um assunto de cada vez, enquanto outros, com a sua visão holística, acreditam que nenhum item está resolvido enquanto o todo assunto não o estiver. Depois, há os que procuram ansiosamente a verdade, orientando-se para os efeitos e consequências, enquanto outros querem encontrar o caminho e os meios são mais importantes do que o objectivo final. Por fim, há aqueles que (híper)valorizam o debate até que se chegue a um consenso, enquanto outros se mostram mais diligentes durante o vai e vem de todo o processo.

A doença da reunite veio para ficar e, pelo menos por agora, não se vê antídoto para a respectiva cura. Ora fala um, ora fala outro e outro, sendo que a maioria observa e cogita para os seus botões: caramba, engoliram pilhas Duracel. Nunca mais se calam! Até que surge um corajoso que exclama em voz alta: eh pá, nunca mais chegamos ao ponto “e nada mais havendo a tratar …”?

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:50

Janeiro 03 2019

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Estou convencido que poucos países haverá onde se façam tantas reuniões como no nosso. Todos os dias há meetings, debates, palestras, etc., etc., onde se discute tudo e mais alguma coisa.

Muitos destes acontecimentos contam com a presença de altas individualidades, pelo menos na abertura e/ou encerramento. No resto do tempo nota-se a ausência de políticos de primeira linha, regista-se a presença e vários directores gerais e, como não podia deixar de ser, com a notória comparência de imensos técnicos – leia-se cientistas, investigadores, professores universitários e uma catrefada de curiosos -, aos quais lhe é incumbido de fazer os respectivos relatórios finais. Belos livros e CD’s que irão preencher prateleiras e prateleiras de fino recorte artístico deste e daquele ministério, instituição universitária e semelhantes quejandas, isto sem esquecer os artigos na imprensa geral e especializada.

De vez em quando lá surge uma qualquer “cabeça coroada” a dizer de sua justiça e (re)lembrar tais feitos e sobretudo tão ilustres conclusões, as quais servem essencialmente para moldurar belos e incisivos discursos que todos aplaudem por dever do ofício, mas que sabem, de antemão, não ser para cumprir.

Sim, porque tudo isto não é para se fazer. É para se ir fazendo. Se somos irresponsáveis? Não, nada disso. Somos assim. Um país de brandos costumes, que num dia se zanga e quase mata, para no dia seguinte dormir com o “inimigo”. Aliás, não é por acaso que os estrangeiros nos odoram. Refilamos, refilamos com este e aquele, para acabar a fazer amor com todo o mundo.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:28

Abril 28 2011

Dizem os ingleses e é verdade time is money. Consciente de nem sempre ter sido um modelo no que a esta temática diz respeito e, de modo algum, pretender dar lições a quem quer que seja, acrescento, todavia, que cada vez menos tenho pachorra – perdoem-me o plebeísmo da expressão – para assistir a determinados eventos.

É evidente, como, aliás, do anteriormente exposto se pode inferir, que com isto não quero dizer que nunca o tenha feito ou, até, que não o venha a fazer. Erros todos os cometemos – alguns até com a melhor das intenções - e quem estiver livre que atire a primeira pedra. Mais: fretes todos fazemos e, pela minha parte, procuro jamais dizer “desta água não beberei”.

Contudo, a insistência em determinados eventos, os quais provaram, desde a primeira hora, a ausência de qualquer valor acrescentado, causa-me admiração. Por apenas ver naqueles uma perda inútil de tempo, um gasto desnecessário de verbas, algo que com a crise que atravessamos ainda mais me preocupa, bem como por os antever transformados, cada vez mais, em autênticos “corredores de fama” e em beija-mãos pacóvio, fruto de um servilismo alarve, sou de opinião de que é nossa obrigação sermos criteriosos na utilização do já escassíssimo tempo livre que cada um dispõe.

Se nos dermos ao trabalho, passado poucas semanas ou meses, de inquirir a generalidade dos presentes em muitos dos encontros e/ou debates, independentemente do domínio abordado, sobre se recordam algo deveras relevante, não tenho a menor dúvida que a larga maioria de pouco ou nada se lembra, o que, sem sombra para dúvidas, abona a favor da minha tese e ilustra bem as palavras supra.

Por isso, há que dedicar todo o nosso esforço ao que realmente importa: desempenho profissional e família. Isto, porém, sem descurarmos a verdadeira formação, a qual, como é óbvio, é imprescindível.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:37

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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