Daquilo que já se sabe relativamente ao Orçamento de Estado (OE) para 2019, temos como adquirido que haverá, sem margem para dúvidas, aumento mínimo de pensões, minoração das propinas do ensino superior, manuais gratuitos para todos os discentes até ao 12º ano, independentemente dos seus proventos, diminuição drástica nos passes dos transportes das áreas da Grande Lisboa e do Grande Porto, bem como o aumento da respectiva rede de metropolitanos, construção de novas unidades hospitalares igualmente nestas áreas, entre outras medidas, mas todas dentro da mesma índole.
Está-se bem a ver porquê. Todas elas, se atentarmos bem, dizem respeito a muitos e muitos eleitores. As primeiras de âmbito geral; enquanto que as segundas, de pendor mais local, mas onde vivem senão a maioria, pelo menos uma franja enormemente importante de portugueses. Argumenta-se que em ano eleitoral todos procedem deste modo. Se isto é justificação vou ali e já volto …
Como é evidente, o resto do país serve de paisagem. Porém, se fosse só este incómodo, vá lá que não vai. A questão é que as regiões mais pobres e desfavorecidas pagam para a ostentação dos que vivem no bem-bom. É a lenda dos Robin dos Bosques virada ao avesso.
Ah, já agora, para os professores é zero vírgula zero.