Todos os tempos, épocas ou eras têm a sua dificuldade. A conjuntura actual não foge à regra. Vivemos com pressa, sem tempo para nada nem, muitas vezes, para ninguém. No entanto, as crianças não podem, de modo algum, ficar reféns deste turbilhão, pois precisam de tempo de reflexão, de tempo para elas próprias.
A Escola é importante, até porque é onde passam a maior parte do dia, mas, sem dúvida, não pode substituir os pais. E a educação – a escola, por inerência, ensina, transmite conhecimentos – envolve amor, carinho, disciplina, limites e valores.
O contacto com a fé, bem com o ensino da religião, é fundamental na construção da personalidade e carácter do ser humano e, por isso, faz sentido pensar sobre este assunto. Assim, dentro das boas práticas encontra-se uma boa hierarquização de valores, a partilha de interesses e o estabelecimento de regas de convivência. Todavia, a excessiva rigidez, o não querer/saber lidar com as dúvidas dos filhos e, sobretudo, não praticar o que se recomenda é algo totalmente a evitar.
Independentemente do grau instrucional, da melhor ou pior situação económica, é imprescindível que as nossas crianças aprendam a ser tolerantes e a respeitar os outros, principalmente os mais velhos. Não faz sentido pensar e agir de outra forma numa sociedade como a nossa. Não é preciso gostar de tudo e concordar com tudo, mas é fundamental respeitar quem pensa de modo diferente.