Hoje-em-dia existem estudos para tudo e para todos. Então, a nível económico e sobretudo quando se socorre da estatística é de fugir. Se os números não dão o esperado, torce-se, torce-se, nem que seja até à exaustão, para que dêem. Deixo, por agora, estes e vamos ao que me trouxe.
O outro dia tomei conhecimento de um estudo lançado por uma organização, Lukap, a qual afirmava que “no futuro os relacionamentos entre pessoas se efectivará a nível de competências, experiências e tempo”. Mais adiantava que “os contactos serão instantâneos e intermitentes, pelo que se exigirá mais dinamismo e simplicidade”.
A investigação, realizada em 20 dos principais países do mundo, dizia ainda que “em tempos vindouros os relacionamentos reger-se-ão por objectivos, bem como os media sociais e tecnológicos permitirão monitorizar, em tempo real, as competências, interesses e motivações dentro e fora daqueles”.
Bem sei que o capital humano é uma fonte de vantagem competitiva, um elemento que marca a diferença. O talento atrai talento, como é óbvio. Todavia, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Planos interpares capazes de se adaptarem, de modo flexível ao ciclo de vida de cada um? Só a palavra “plano” já me arrepia, isto para não falar de algo como metodologias, estratégias para se alcançar o(s) resultado(s) esperado(s), fomento de relações sustentadas no tempo, etc., etc.
Já agora o “recrutamento” também se fará pela análise do perfil, usando ferramentas como o Buzz Talent? Quando isto acontecer, parodiando um sketch antigo, “quero ir para a ilha”!
Este assunto fez-me lembrar a anedota que se conta em que uma loira queria ter um filho de Einstein, com o fim de ter alguém bonito e simultaneamente inteligentíssimo, ao que este famoso cientista lhe respondeu: “Por mim tudo bem! O grande problema é se o rebento nasce com as feições do progenitor e o cérebro da mãe”.