A história de uma relação não se conta em poucas linhas. Muito pelo contrário. É um caminho cheio de curvas e contracurvas, bem como de susceptibilidades conjunturais. Trata-se algo que nasceu, cresceu, que se soube reinventar perante crises e adaptar a inovações e movimentos, para depois prosseguir o seu caminho natural ou morrer.
A disrupção relacional está em toda a parte e acontece quando menos se espera. Contudo, o futuro da relação só é incerto para quem não fizer as perguntas certas ou não souber responder às questões essenciais. Bem sei que o mundo está a mudar. Ou melhor, a mudança já começou há anos e em termos tais que era inconcebível há décadas. Tudo isto altera expectativas e preferências, criando novos padrões de comportamento, sobretudo entre a geração millennials.
Contemporaneamente, com a liberalização dos costumes, tem ocorrido, com grande aceleração, a mutação relacional. A honradez, o respeito mútuo, a nobreza de carácter, a urbanidade e até a caridade e o perdão têm estado cada vez mais ausentes, o que agrava, como é óbvio, a tendência para a disruptibilidade nos modelos de vida. As próximas ondas vão trazer complexidades e conduzirão ao surgimento de novas formas de relacionamento. Novas, entenda-se para piores.
Ao longo da história as relações têm determinado e determinará muitos destinos. Nas próximas décadas a baixa natalidade já hoje sentida agravar-se-á. O envelhecimento das populações vai transformar tudo, desde os cuidados de saúde à empregabilidade e sustentabilidade.