A classe docente é, na generalidade, envelhecida. Alguém tem dúvidas que sim? É só ver que não chega a 1% os docentes com menos de 30 anos e que a larga maioria possui mais que 50. Que é uma profissão a necessitar de um urgente rejuvenescimento ninguém tem dúvidas. É incompreensível manter tantas pessoas mais velhos que os avós dos seus discentes a ministrarem aulas. A décalage etária é enorme e não raras vezes a incompreensão é mútua. Há um tempo para tudo.
Por isso, de vez em quando surgem notícias - mais ou menos avulsas e no género “vamos ver como cola o barro à parede” - para colocar na reforma os professores com mais idade. Neste fim-de-semana surgiu mais uma. Todavia, pelos valores apresentados, é algo para dizer que “não lembra ao careca”.
Em primeiro é uma escassíssima minoria aqueles que aos 55 anos de idade se encontram no 9º escalão. Mas, o mais grave é quererem que se aposentem com 750 euros mensais e ainda sujeitos a desconto. Passa pela cabeça de alguém, no seu perfeito juízo, que haja um único docente que aceite reformar-se nestas condições? Mais que isto recebe, apenas como subsídio de deslocação, o ME, de sua graça Tiago Brandão Rodrigues.