Não me canso de repetir que o Ensino à Distância (E@D) é detestável e não chega sequer aos calcanhares do presencial. É deplorável por diversas razões, principalmente para aqueles em que que o ensino profissional constitui parte integrante do seu horário. Mas vamos às ditas causas: estes alunos normalmente têm imensas dificuldades de concentração, memorização e cognição. Por outro lado, geralmente são discentes com enormes vícios instalados, de parcos recursos económicos e pertencentes a famílias pouco ou nada funcionais. Para agravar a situação já de si má: na maior parte das aulas os alunos permanecem com as câmaras desligadas, argumentando que não tem software disponível e/ou está avariado. O que ontem estava bom, hoje pode estar danificado. Como saber a verdade é a questão de um milhão.
Todavia, também sei que, no momento presente, não existe qualquer outra alternativa. Assim, resta prosseguir com o menor dos males, i.e., o E@D.
Até aqui nada de novo. O que começa a mudar e a preocupar-me imenso são as palavras, as insinuações e as pressões - bem acompanhadas pelos boys and girls, transformadas em spinners de trazer por casa, os quais plantam a ideia, de manhã, à tarde e à noite, hoje, amanhã e seguintes, primeiramente nas redes sociais e depois nos órgãos de comunicação social do costume – para que as escolas reabram o mais rapidamente possível. Fala-se até já no início do próximo mês. O argumento é o do costume: as escolas são lugares seguros. Esquecem-se de que os alunos não vão para as escolas sozinhos. Acarretam movimentações, calculadas em cerca de dois milhões de pessoas.
Por fim, recordo o que todos os especialistas dizem e nós confirmamos: foi o encerramento dos estabelecimentos escolares que fez baixar de forma exponencial o número de infectados. Não quero, de modo algum, assistir a uma quarta vaga e passar o Verão confinado.