Costumo dizer, e já não é a primeira vez que aqui o registo, que existem três coisas que unem os portugueses. Estejam descansados que não é Fátima, futebol e fado. A ordem dos factores é, neste campo, arbitrária e algo desusado. O que actualmente nos une são três queixas: falta de dinheiro, excesso de trabalho, bem como ausência de tempo (para isto e/ou para aquilo).
Independentemente da condição social, não existe ninguém que não se queixe destes itens. E dai daquele que primeiramente se lamente, pois leva com os “gemidos” de todos à sua volta e, sobretudo, de toda a ordem. Uns com razão, outros, contudo, perfeitamente falaciosos, para não dizer de tendência completamente hipócrita.
Se uma pessoa trabalha para além do que está estritamente obrigado pela sua profissão é ganancioso, quando não dizem que é maluquinho disto ou daquilo. Se, pelo contrário, passa umas horas por dia no café, vai frequentemente ao restaurante ou passeia por aqui ou por acolá, não passa de um malandro ou apenas gosta de “boa-vai-ela.”
Argumentar que, apesar da idade – autonomamente ainda me considero um jovem pré-senioridade -, ter objectivos é perfeitamente viável e, sobretudo, saudável, para muitos é risível.
Tais considerações fazem-me sempre lembrar história do velho, do rapaz e do burro, a qual até aqui contava, não fosse o politicamente correcto do PAN …