O processo de decisão tem subjacentes sempre duas ou mais opções. Saber, a cada momento, qual a mais acertada é a questão crucial. Aliás, só depois de tomada a decisão final é que se sabe se foi a melhor. E, mesmo assim, restam sempre dúvidas.
Não existem decisões totalmente correctas e jamais se pode argumentar que noutras geografias e/ou em outros casos tudo correu pelo melhor. Basta recordarmos que basta um simples bater de asas de uma borboleta numa determinada latitude para alterar os parâmetros no outro lado do mundo.
Todavia, existem práticas que reforçam a independência da decisão, sobretudo que respeita à aceitação devida de serviços prestados, reduzindo assim o risco de familiaridade excessiva, para além de fortalecer igualmente a capacidade de defesa no caso de desacordo.
Só devemos aceitar missões para as quais tenhamos garantias de independência, dimensão e capacidade. É esta a regra. Aliás, sempre foi. Existem, no entanto, novas regras que vieram reforçar este contexto, desde logo uma maior limitação da natureza dos serviços distintos prestados. Não nos podemos esquecer daquele velho ditado chinês: quando alguém te pedir um peixe, não lho dês, ensina-o … Se grande parte das nossas receitas resultar de dádivas e não de provento próprio, isto compromete a médio/longo prazo a solvabilidade, para além de limitar a possibilidade de autoquestionamento.
É também sob este racional, de limitar as situações potenciadoras de extrema proximidade ou familiaridade, que coloco uma grande ênfase na rotação das relações. E fortaleço ainda o papel da própria qualificação, a qual, mais cedo que tarde, se recolhe especial dividendos.