O meu ponto de vista

Dezembro 30 2019

A noite de fim-de-ano é já amanhã e, para não nos desviarmos do habitual, ao som das doze badaladas e mastigando passa atrás de passa, iremos expressar promessas e formular desejos. E, como é de costume, na esmagadora maioria, nem umas nem outros se concretizarão.

Aliás, para não andar a repetir promessas e/ou desejos, já iniciei o respectivo rol. Assim, numa de cooperação com os meus estimados leitores, como é sempre meu apanágio, deixo aqui algumas sugestões:

- Mudar o regime alimentar – menos hidratos de carbono, mais fruta e vegetais e, sobretudo, erradicando doces/açúcares - de modo a emagrecer;

- Ajudar a filha e especialmente a neta a progredirem na vida;

- Privilegiando @s verdadeir@s amig@s – infelizmente pouc@s – e extirpando @s fals@s – infortunadamente maior que aqueles;

- Prestar maior atenção à família. Não sei como, mas hei-de descobrir;

- Ver menos televisão e ler mais;

- Ganhar no Euromilhões e/ou Lotaria;

- Dispensar maior cuidado com a saúde;

- Esforçar-me por ser mais profissional. Será muito difícil, mas é costume dizer-se que há sempre modos de fazer mais e melhor;

- Dar início ao plantio da segunda vinha. (Aqui, tal como noutros itens, cada um poderá colocar o que muito bem entender);

- Aumentar os anexos com a construção de uma cobertura anodizada;

- Pintar, de novo, o interior da casa;

- Comprar um novo carro.

 

P.S. – A ordem dos “factores” é arbitrária.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:51

Dezembro 10 2018

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É tempo de eleições. É de aproveitar, minhas senhoras e meus senhores. Este podia ser um pregão numa praça qualquer bem perto de si. Este pensamento vem a propósito do registo da extraordinária vaga de greves de que há memória.

Prometeram e asseguraram uma legislatura de progresso e, sobretudo, de paz social. A bem dizer, os três últimos anos assim aconteceu. Contudo, só os incautos poderiam pensar que tal clima teria continuação até ao final do actual mandato.

Hoje, sem margem para dúvidas, é altura para “assim se vê a forças do PC” e não só. É o momento ideal para cada um – PS e as forças à sua esquerda que parlamentariamente o apoiaram - reivindicar o que de bom foi feito e apontar o dedo aos outros para o que não foi realizado ou se sim foi mal.

A actual situação só vai cessar bem perto do Verão do próximo ano, i.e., a três meses das eleições legislativas.

Já agora, a esmagadora maioria, senão a totalidade, são greves no sector público. Sintomático!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:16

Novembro 02 2017

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Depois do ME ter hoje prometido, cara-a-cara, a Mário Nogueira, “lutar radicalmente para que sejam reconhecidos os direitos dos professores e do pessoal não docente”, esta noite vou dormir muito mais descansado.

Ah g’anda Mário! Eu bem sabia que acabavas por transformar o Tiago num jovem radical. E, como “palavra dada é palavra honrada”, tal como diz o chefe deste, não são necessárias quaisquer outras formas de luta.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:09

Abril 22 2016

Quem cabras não tem e cabritos vende … Este é o velho ditado, aplicado a muitas situações – usado, inclusive, no processo movido a Sócrates – e que, à semelhança de muitos outros, é, tanto na ordem jurídica como na política, inteiramente correcto.

Ora, este provérbio veio-me à memória a propósito dos últimos desenvolvimentos político-económicos lavados a cabo por este governo. O desenvolvimento sustentável está em queda, para além de bastante longe do previsto, pelo que é recomendável a revisão de todas as metas e acautelamentos no que respeita ao alcançar ou não os objectivos programados. E, apesar, de todos os avisos emitidos pela CE, FMI, BdP, UTAO, entre outras, António Costa continua a apostar – compreende-se bem porquê, i.e., os parceiros políticos, que sustentam o governo, assim o exigem – na continuidade, (re)afirmando que tudo continua debaixo de controlo e de acordo com a conjectura prevista.

Dito de outro modo: continua a distribuir cabritos sem ter cabras. Que é bom pastor, ninguém duvida. Veja-se a sua habilidade em transformar uma grande derrota em modo de governar o país. Todavia, uma coisa é ser um político arguto e capaz de tecer as jogadas mais arriscadas. Outra coisa, contudo, é transformar rosas em pão.

Por isso, para além de cortes na despesa, haverá aumento de receita. Dou a mão à palmatória, acreditando que não será, esta última, obtida através de impostos directos, mas que será de outra forma, isso não tenho a menor dúvida. Argumentos nunca faltaram e jamais faltarão aos políticos para justificar o injustificável.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:11

Setembro 16 2015

A maior parte dos portugueses não debate, não se consciencializa dos seus direitos e muito menos dos seus deveres, bem como foge da controvérsia tal como o Diabo foge da Cruz. E se isto se passa na sociedade em geral, na educação, em particular, embala-se pelo mesmo timbre.

Na base desta ausência de debate e definição de estratégias reivindicativas estão, segundo especialistas, factores como a hesitação da gestão em modificar o status quo presente das organizações e o receio dos profissionais em apresentar propostas que possam ser entendidas como críticas ou exigências.

Por exemplo, na semana passada ouvimos dissertar sobre uma série de promessas, as quais sabemos, de antemão, ser impossíveis de cumprir. A maioria dos presentes, não tenho a menor dúvida, pensou que estavam a assistir a uma espécie de mini-campanha eleitoral. Num aparte, podemos dizer que não são apenas as legislativas que impõem todas e mais algumas promessas.

Voltando à questão central, o certo é que apesar de não se terem registado aplausos e muito menos encómios, pois, em boa verdade, todos se calaram ou, quanto muito, falaram baixinho, qual anedota do crocodilo, para o colega do lado, ninguém pediu a palavra para contrariar aquele clima de pseudo euforia.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:38

Julho 06 2015

A cada dia que passa mais a data das eleições legislativas, como é óbvio, se aproxima. Assim, não é de estranhar, apesar de a maioria detestar, o acrescento exponencial de promessas. E não há dúvidas que se apenas um décimo destas se concretizassem, o nosso futuro era feito de rios de leite e mel.

A proposta de fazer isto e aquilo, de proceder assim e assado, é, segundo pensam os nossos políticos, sinónimo de conforto e prazer. Fazer uma promessa, e em particular uma promessa política, é, hoje em dia, um gesto perfeitamente rotineiro e natural, independentemente de quem a faz.

Perde-se no tempo o hábito enraizado nos políticos de fazer promessas a torto e a direito, o qual ultrapassou as fronteiras físicas que separam povos e culturas e é preparado segundo tradições ancestrais ao longo de séculos, aperfeiçoados em cada gesto e em cada rito e que hoje assume o protagonismo nos mais variados momentos do nosso quotidiano, especialmente agora em que as máquinas da propaganda eleitoral - vulgo agências de marketing e afins - se tornaram mestras na arte de bem nos ludibriar.

Não há campanha eleitoral sem promessas demagógicas e populistas. Tal, infelizmente, tornou-se tão natural como ter sede ou respirar e facilmente se explica. Uma boa dose de promessas parece confortar tanto o estômago como a alma. Não de todos mas, pelo menos, dos mais ingénuos. E, estes, não são ainda assim tão poucos como isso!

E, por muito que se diga o contrário, o pior é que se aparece um político que não faz juras de cumprir este ou aquele feito, então, das duas uma: não cai bem ou não sabe ao que anda!

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:23

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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