Foram ontem publicados os resultados das provas finais de Português e Matemática do 9º ano. Destes ressalta, relativamente a 2014, a subida em Português em três pontos percentuais e o mesmo valor, mas em sentido inverso, no respeitante a Matemática, originando nesta última uma média inferior a 50%, isto para não falar dos 1600 discentes que tiveram zero pontos, i.e., nem 0,1 conseguiram. É obra!
Os motivos para tal hecatombe são muitos e há-os para todos os gostos. Desde o pouco investimento que o 1º CEB faz nesta matéria, passando pelos pais cuja colaboração senão é nula é quase, passando pelo deficiente esforço por parte dos alunos, pelo tipo de prova e terminando nas erradas estratégias aplicadas por muitos docentes.
Contudo, o que sei é que não é dando mais do mesmo que se encontra a solução. Por exemplo, a larga maioria dos docentes de Matemática, por sua pressão e pela demissão/omissão de orientações próprias dos conselhos pedagógicos e com a conivência das direcções, usa as suas horas de componente não lectiva como apoios aos alunos com dificuldades, ou seja, repito, dando mais do mesmo até à exaustão.
Ora, está mais que provado que tal modelo se encontra esgotado e poucas ou nenhumas melhorias acarreta. No entanto, estou plenamente convencido que no próximo ano irão ter ainda mais horas para apoio. Querem apostar?