Há oito anos, tanto na Grécia como em Portugal, os socialistas levaram os respectivos paises à bancarrota. É um dado adquirido e irrefutável. Ponto final. Com raríssimas excepções, como é o caso do actual governo português, sobretudo pelo constante pé no travão do Centeno, os socialistas são uns mãos largas a distribuir dividendos, para depois recuarem à socapa, deixando a outros atarefa de se virarem com sucessivos planos de resgate, já que a inexistência e a sua não aplicação implicaria não ter sequer pão para a boca.
O certo é que, tanto num país como no outro, os governos que suportaram e implementaram, pela força das circunstâncias, austeridade sofreram em eleições seguintes pesadas derrotas. Em Portugal, Sócrates elevou o país ao pináculo da imperfeição. Sucedeu-lhe Passos Coelho que redimiu, à custa de imensos sacrifícios, o país, para logo a seguir perder o governo. Não as eleições que é coisa distinta. Na Grécia, os socialistas do PAZOK conseguiram que este atingisse a degradação total. Sucedeu-lhes o Syriza, como salvador da pátria. Prometeu mundos e fundos para, logo a seguir, acabar vergado ao peso dos credores. Claro que quem necessita de dinheiro, amocha. Agora, perdeu em toda a linha para a direita.
Como corolário: em tempos de vacas magras – leia-se ausência de pilim – jamais queiras governar. É que corres o sério risco de salvar o país, mas acabar afogado.