O meu ponto de vista

Agosto 13 2020

Todos procuramos empreendedores, principalmente entre os amigos, que pertençam a grupos inovadores e, sobretudo, seguros de si mesmos. Por princípio, não procuramos, de imediato, vantagens com tal busca, mas é por demais conhecida aquela máxima que até no Inferno é bom ter amigos. Pertencer a um grupo vencedor, poder andar de braço dado com alguém “mais ou menos importante” é, por muito que hipocritamente não o queiramos admitir, retorno garantido.

Fruto da nossa dimensão, cuja medida é sempre relativa e deve ser sempre feita pelos outros, o know-how e a estratégia que implementamos no dia-a-dia deve oferecer soluções únicas para “conquistar” os outros, entregando-lhes o que de melhor temos. Não falo de finanças e/ou poder, mas sim de rentabilidade assente numa estabilidade emocional, característica que tem levado imensas pessoas a apostar noutras que, para além de não se envergonharem do seu passado, acima de tudo não o renegam. É que só assim se terá futuro.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:34

Junho 20 2019

Como todos bem sabemos, a informação é poder. O conhecimento, como algo verdadeiro e intrinsecamente diferente da informação, é, porém e infelizmente, o parente pobre daquela, apesar de sabermos, de antemão, que é muito mais relevante. Por exemplo, um vizinho inculto, autêntico alarve e verídico carroceiro, mas com uma informação crucial sobre quem o rodeia é, sem sombra para dúvidas, muito mais perigoso que um catedrático, ao qual nada lhe diz o que socialmente se passa à sua volta.

Ora, sobre tal matéria, realmente, não há vantagem em inventar o já inventado, quer por perda de tempo e de recursos, quer mesmo porque não resultaria nisso qualquer direito. Pelo contrário, digo que a partilha de afectos pode e deve gerar uma dinâmica aceleradora nos processos de repartição e na transferência de boas vontades, pela própria evolução da humanidade, assegurando-se um processo evolutivo da espécie em detrimento de um somatório de conhecimentos.

Um factor imprescindível, interna e externamente, i.e., para garantir a eficiência da determinação da novidade e para estimular a criatividade e a inovação por parte dos agentes (!!!) envolvidos, é o propósito genuíno. Só este, com eficiência e, principalmente, com a abertura ao outro será, pois, objecto de alcance “rápido”. Trata-se tão só de assegurar que o relacionamento indisponível, no que concerne ao homem no seu todo, é algo inútil.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:07

Maio 06 2016

Não sou homem de consensos. Faço algum esforço para isso, mas só muito raramente consigo. Aliás, confesso que acho isso confrangedor e pouco estimulante. Uma maçada mesmo! Assim, há quem goste muito de mim e quem me deteste. Todavia, não por sorte, os primeiros são mais que os segundos.

Se vos disser que adoro ser provocador, no bom sentido, como é óbvio, não vos estou a mentir. E tenho extremos. Ai se os tenho! Todavia, com o avanço inexorável da idade, estes começam a encurtar-se. Pois, dir-me-ão vocês, é a lei da vida. Porém, também sei que envelhecer é estar mais atento aos sinais da vida, aos pormenores. No fundo, a saborear mais e com outra dimensão.

Envelhecer não me assusta. Desde que tenha projectos o sentido para continuar a viver surgirá naturalmente. Agora, amedronta-me pensar numa espécie de velhice, i.e., aquela do género sentado no sofá, a ver televisão, com uma mantinha em cima das pernas.

Graças a Deus ainda tenho muita energia. Porém, quando surgem sintomas que inibem essa energia fico algo contrariado e, sinceramente, lido muito mal com tudo aquilo que me contraria. Para obviar esse estado, muito contribui a minha agricultura, as leituras que faço e, sobretudo, o estar atento aos outros. Sou curioso e, nessa ordem de ideias, procuro entender sempre onde estou e o que ando a fazer. Nem sempre chego às melhores conclusões, mas como dizia alguém “é a vida!”

Não sou rico, mas possuo outras riquezas inestimáveis. Aquilo que já vivi, o que vi, o que li e ouvi são bens perduráveis e que fazem o que sou hoje.

Acusam-me, por vezes, de alguma instabilidade. Primeiro, que venha um santo e, então, que atire a pedra; segundo, a busca pelo equilíbrio é incessante e quer queiramos quer não existirá sempre alguma impermanência. Faz parte do nosso ADN. Uma coisa é certa, a idade deu-me o poder de relativizar as coisas. Conseguir distinguir o que é importante ou não, será sempre a chave para o tal equilíbrio, para a paz …Atenção, porém, que não sou homem de paz, isto no termo vulgar em que que a expressão é usada. Procuro ser um homem em paz comigo, mas sempre muito inquieto.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:16

Dezembro 15 2014

Não é a primeira vez que abordo esta temática e, com certeza, não será a última. Desde já faço um ponto de ordem prévio: estou contra a municipalização do ensino, não pelas mesmas razões dos sindicatos, mas fundamentalmente pelo caciquismo que, infelizmente, ainda impera em muitos dos nossos concelhos.

Tal como estou contra o aumento de autonomia das escolas, essencialmente no que concerne à contratação de docentes, pelo amiguismo instalado e pela gestão clientelar implantada, na maior parte das vezes em claro atropelo à lei.

Igualmente em termos camarários o facciosismo imperante, não digo em todos os municípios, mas na maioria leva-me a ser totalmente contra. Por experiência pessoal, sei muito bem do que falo. Quando existe, neste âmbito, duas ou mais candidaturas em confronto, o factor de ordem política sobrepõe-se a tudo e a todos.

Igualmente já escrevi e volto a repetir: sei que senão todos, pelo menos a maioria dos concelhos deste país, tem pretensões a ser mini-governos, comandando dentro da sua área geográfica todos os domínios - saúde, educação, ambiente, transportes, polícias e até justiça - uma vez que tal lhes aumentaria, sem dúvida, o poder, ao mesmo tempo que teriam lugares para colocar os raros, mas ainda existentes, boys, os quais, actualmente e muito por força da lei, não conseguem alocar em prateleira dourada.

É evidente, que todos, sem excepção, juram a pés juntos que se tal pretendem é porque estão mais próximos dos cidadãos e, por isso, sabem o que é melhor para estes. Porém, tudo não passa de cantos de sereia, os quais, aliás, por em tempos terem sido escutados, deram origem aos enormes “buracos” financeiros que, como é do conhecimento geral, a maioria dos municípios hoje-em-dia apresenta. Recordam-se do que há vinte/trinta anos se dizia, i.e., que cada tostão – eram tempos do escudo – gasto por uma autarquia valia por três despendidos pelo poder central? Bem, foi o que se viu!

Já agora, e a talhe de foice, veja-se o exemplo dos funcionários das escolas que passaram para a alçada das câmaras. As escolas ficaram melhor? Não, bem pelo contrário, pois cada vez mais o número é menor, sendo que a quantidade de serviços aumentou, como seja o serviço a piscinas, pavilhões, cantinas, entre tantos outros.

E o mesmo sucede com a manutenção dos edifícios. A degradação constante, fruto da ausência de funcionários e de uma baixa acentuada de investimento, demonstra que a opção não foi a correcta.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:30

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