Pequenos, muitos pequenos. Nada valem, mas deem-lhes dez reis de mel coado em forma de poder e verão. Mesmo que seja diminuto ou meramente residual e ei-los armados em ditadores de pacotilha, pavoneando a sua (in)significância por tudo o que é lugar.
“Não podem fazer isto e aquilo. Não podem proceder deste e daquele modo. Tem que efectuar assim e assado. Têm de cumprir rigorosamente. E evitam de dizer o que quer que seja pois está nas normas”. No fundo, mais papistas que o Papa. E depois é um regá-lo ouvi-los admoestar tudo e todos, só lhe faltando a cana-da-índia para fazerem lembrar velhos tempos.
Passam meses e meses, por vezes anos até, sem que se lhes dê pelo rasto. Não abrem a boca numa reunião e muito menos é do conhecimento público uma única ideia. Mas, por virtude da nomeação e posterior empossamento numa função (i)relevante, por metamorfose imediata, eis que o rei lhes salta na barriga e é vê-los impantes de garbosidade, quais generais em parada, a “comandar” a dita arraia miúda.