O meu ponto de vista

Junho 08 2023

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Hoje, pelas 10h00, fui à missa, em honra do Corpo de Deus, na Igreja Matriz de Arcos-Anadia. Esta celebração, como é costume neste dia, foi a única da parte da manhã a realizar-se no Arciprestado de Anadia, tendo sido presidida pelo Sr. Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro.

Pouco importa que este vosso escriva tenha feito a II leitura - Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos Coríntios (10, 16-17) -, pois o relevante foi, que durante toda a celebração, a ausência de qualquer referência ao estado de saúde do Papa. Como todos sabemos, Francisco, um queridíssimo “avô” de 86 anos, foi ontem sujeito à quinta intervenção cirúrgica no Hospital Universitário A. Gemelli, em Roma, e apesar de todas as notícias nos informarem que tal correu bem, é necessário aguardar mais uns dias, senão semanas, para sabermos o real estado de saúde de Sua Santidade.

Bem sei que católicos existem que não morrem de amores pelo Sumo Pontífice, mas será que o responsável máximo desta diocese também sofre desta síndrome? Não creio, e quero crer que se tratou de um mero esquecimento.

De qualquer modo muita saúde a Francisco. Que Deus te conserve entre nós por muitos e bons anos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:27

Abril 19 2020

Enquanto uns discutem se deve haver ou não comemorações, na AR, do 25 de Abril – os sim são democratas, os não são fascistas, como se a democracia fosse algo a preto ou branco – outros lutam pelo futuro mais imediato, sem saber e muito menos querer saber destas lutas intestinas dos nossos “maiores” da política. Estes, afinal, continuam a olhar apenas para o seu umbigo.

Como disse hoje SS o Papa Francisco somos todos frágeis e, sobretudo, atrasados em relação ao tempo, à semelhança de S. Tomé, o qual chegou posteriormente e não viu Jesus Cristo. Espero e anseio que quando Este voltar, no fim do tempo de cada um, não estejamos ausentes e muito menos incrédulos.

Por outro lado, para aqueles – pecador me confesso – que estavam cansados de “aturar” os discentes, bem como o contrário, é bom que torçam a orelha. Sim, bem sei que esta não deita sangue, sinónimo de que os nossos queixumes não tinham razão de ser. Somos uns eternos insatisfeitos. Os imensos contactos que, por videoconferência, ultimamente tenho feito dão-me essa certeza absoluta. Os alunos têm saudades de aulas presenciais com os professores, incluindo aqueles que detestavam e, pelo lado destes, então nem é bom falar.

Continuamos a limpar o que muitos de nós não sujámos. Serve-nos de consolo a ideia de um milagre e de que as gerações que sobrevivam a esta pandemia terão uma consciência moral e/ou ética superior à nossa. Alguns estão ainda em delírio. Porém, quando a poeira assentar e a verdadeira crise – sim, porque isto de ficar em casa um mês, atrás de outro pagar-se-á com língua de palmo – se instalar, então falamos

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:52

Maio 17 2017

Sagrámo-nos, em 2016, campeões europeus.

O défice, relativo ao ano transacto, fixou-se nos 2%, permitindo, deste modo, sonharmos com a saída do procedimento por défice excessivo, um “garrote” imposto pela CE.

Na sexta-feira e sábado p.p. tivemos a visita do Papa Francisco, o qual foi recebido em apoteose, obrigando o primeiro-ministro a assistir, juntamente com o seu séquito governamental, às cerimónias religiosas em Fátima, apesar de todos percebermos que nada entendiam do que se estava a passar.

Logo a seguir, Salvador Sobral conseguiu um efeito inédito, perseguido por Portugal há mais de cinquenta anos, i.e., venceu o Festival da Eurovisão. Abro um parêntesis, uma vez achar muita graça aos encómios por todos proclamados, incluindo imensa gente ilustre da nossa praça, quando a esmagadora maioria deles, há muitos anos não ligava pevide àquele certame ou, quanto muito, dizia o que Maomé não disse do toucinho. Abranjo neste rol o chefe do governo e ministros, como foi o caso do artigo apologético de Augusto Santos Silva no Público de hoje.

Continuando neste fim-de-semana, o Benfica conseguiu o tetra. Sem querer diminuir a vitória deste, para mim, enquanto 5 for maior que 4, aquele ainda não conseguiu alcandorar-se aos feitos do F C Porto.

Soube-se, anteontem, que o INE concluiu que o crescimento económico, no primeiro trimestre deste ano, atingiu os 2,8%, algo que não se verificava há dez anos.

Informação final: tudo isto graças a António Costa. Que me desculpem os mais puritanos, mas até parece que é Deus nos Céus e este na Terra, perdão, em Portugal.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:41

Janeiro 03 2016

Nesta quadra que está a findar e que, para a generalidade das pessoas, é das mais belas senão mesmo a mais bela, não queria deixar passar a oportunidade de me referir à mensagem do Papa Francisco, a qual não sendo assim tão recente, mesmo assim é sempre actual, que nos alerta vivamente para o perigo real da “globalização da indiferença”.

Não querendo, de modo algum, entrar em contradição com o que aqui venho escrevendo, a verdade obriga-nos, durante todo o ano e essencialmente nesta época, a falar dos desempregados, dos perseguidos, quer seja politicamente, religiosamente ou por outros motivos, dos sem algo para comer ou se abrigar, dos marginalizados, etc., etc.

Com certeza, estão os meus caros leitores de comum acordo comigo, que quando falamos destes flagelos discorremos sobre nós e os outros. Alguns, os mais assertivos, e que sabem sobre o modelo social da nossa sociedade, bem como o nosso modo de actuar no dia-a-dia, têm feito afirmações factuais acerca daqueles. Porém, nem sempre vão ao cerne da questão, certo que neste rol me encontro desde a primeira hora. Humildemente, perante o Criador, me ajoelho (re)afirmando-me pecador.

E a globalização da indiferença também passa por aqui: quem é o nosso próximo nestas circunstâncias? O que podemos fazer para o ajudar a tornar-se necessário? E na cultura light e de indiferença que vivemos, tão em voga hoje-em-dia, alguns temas muito próximos estão tão longe como o milhão de crianças sírias em campos de refugiados.

Custa muito a admitir mas, individualmente, também não fazemos nada!

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:59

Dezembro 18 2013

 

  1. Muitos daqueles que citam frases dos textos e homilias de Francisco, retiram apenas a parte que lhes interessa para a(s) sua(s) causa(s), omitindo tudo o resto. E o sobejante tem tanta ou mais importância do que aquelas, que são fortes, é verdade, mas que, muitas vezes, quando retiradas do contexto, perdem o seu sentido, como, aliás, bem sabemos. E tem importância porque o remanescente tem a ver com a caridade, o cumprimento diário do cristão, como seja a difusão e cumprimento do Evangelho, ou seja, no fundo, ser católico. O restante é relevante porque tem a ver com alegria que se renova e comunica, com a doce e reconfortante alegria de evangelizar, traduzida numa nova evangelização para a transmissão da fé, com a pastoral em conversão, partir do coração do Evangelho, com a missão que se encarna nas limitações humanas, com a Igreja como uma mãe de coração aberto, com todo o povo de Deus a anunciar o Evangelho, com a preparação da pregação, com uma evangelização para o aprofundamento do querigma e suas repercussões comunitárias e sociais e, por fim, mas não menos importante, com Maria, a Mãe da evangelização.
  2. Restringir a minha acção à inclusão social dos pobres e ao bem comum e à paz social, capítulos importantes daquele escrito, é certo, mas que não traduzem na íntegra a mensagem do Chefe da Igreja Católica Romana, é desolador.

 Por isso, àquela minha amiga, respondi tal como o Papa diz naquele documento

Com Maria, avançamos confiantes para esta promessa, e dizemos-Lhe:

Virgem e Mãe Maria, Vós que, movida pelo Espírito, acolhestes o Verbo da vida na profundidade da vossa fé humilde, totalmente entregue ao Eterno, ajudai-nos a dizer o nosso «sim» perante a urgência, mais imperiosa do que nunca, de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus.

Vós, cheia da presença de Cristo, levastes a alegria a João o Baptista, fazendo-o exultar no seio de sua mãe.

Vós, estremecendo de alegria, cantastes as maravilhas do Senhor.

Vós, que permanecestes firme diante da Cruz com uma fé inabalável, e recebestes a jubilosa consolação da ressurreição, reunistes os discípulos à espera do Espírito para que nascesse a Igreja evangelizadora.

Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte.

Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga.

Vós, Virgem da escuta e da contemplação, Mãe do amor, esposa das núpcias eternas intercedei pela Igreja, da qual sois o ícone puríssimo, para que ela nunca se feche nem se detenha na sua paixão por instaurar o Reino.

Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique privada da sua luz.

Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos, rogai por nós.

Ámen. Aleluia!

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:58

Julho 29 2013

O teor deste artigo está longe de ser uma novidade. Por isso, quando decidi partilhar a minha visão sobre o assunto, apercebi-me que o maior desafio não estava em saber o que escrever mas sim como o fazer. Falar sobre a Jornada Mundial da Juventude 2013, sobre a qual quase ou mesmo tudo se tem dito não é tarefa fácil.

A verdade é que os chavões do título “Papa Francisco surpreendeu tudo e todos” ou “O longo areal de Copacabana foi, pela primeira vez, pequeno para tanta gente que quis estar com o Papa” já foram usados e abusados, pelo que só resta uma solução: fazer a diferença através do contexto em que aquele evento decorreu.

As primeiras jornadas, promovidas por João Paulo II, eram abordadas quase como um fim em si mesmo. Os projectos, apesar de gigantescos e pretenderem ser transformacionais, levavam muitos meses a preparar e muitos mais a divulgar, obrigando à uniformização, deixando de lado algo muito importante, i.e., a transversalidade e a multiculturalidade, deixando marcas pouco profundas nos jovens. Acredito, até, que os anteriores encontros terão sido traumáticos para alguns dos seus participantes.

Contudo, foram, inegavelmente, necessários. Os jovens são diferentes, alteram-se ao longo dos anos e, sobretudo, mudam os líderes, ou melhor, por vezes, basta mudar o líder máximo, como é o caso do Papa Francisco, para se registar o prodígio da multiplicação.

Hoje, as jornadas quase que poderiam ser classificadas – os puristas que me perdoem - como commodity e, ao contrário do que possa parecer, isto é muito positivo. Não só porque os jovens fazem bem o seu trabalho, mas principalmente porque a Igreja reconheceu a necessidade de adoptar soluções mais amplas de integração como forma de ajudar aqueles a atingir os seus objectivos estratégicos. Ficou provado que o Mundo não está perdido e teremos de esquecer a velha frase “fica-te Mundo cada vez pior”.

Creio que poderemos todos concordar com a premissa de que, actualmente, existem muitos jovens com um suporte de vida assente nos mais nobre valores. Jesus Cristo continua a fazer milagres. Tendo isto em mente, a vantagem do Papa Francisco – chamo a atenção que a designação de Sumo Pontífice está, e ainda bem, a perder força – é a “competição” com base na simplicidade e no sorriso, posturas que proporcionam naturalmente a adesão e potenciam o amor a Deus. E isso faz toda a diferença.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:29

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