Só os ingénuos alguma vez acreditaram que o “Futebol Leeks” derrubasse o que quer que seja no mundo do futebol. Tal como o “Panama Papers” pouco ou nada alterou no mundo da política e, sobretudo, na roda da alta finança, também a divulgação das enormes fugas ao fisco por parte daqueles documentos em muito pouco alterou a prática ligada à corrupção que passeia impunemente no munto do futebol dos milhares de milhões.
Agora surgiu o “Luanda Leeks”, hoje sabido que foi fruto de Rui Pinto. Ao princípio, a esmagadora maioria das pessoas escandalizou-se, tendo sido alvo de intensas conversas de censura, algo que vergonhosamente não tinha acontecido quando o caso se reduzia, quase e exclusivamente, ao caso de “toupeiras” do Benfica. Todavia, a poeira começa a assentar e, nessa ordem de ideias, as figuras de sempre – leiam-se advogados, magistrados, uma ou outra figura política, bem como este ou aquele empresário, todos com os rabos entrilhados – começam a dizer que a difusão dos aludidos documentos, por muito que sejam verdadeiros, foi ilegal e, assim sendo, não servem como prova para condenar quem quer que seja.
Resumindo, neste país, só se os corruptos divulgarem ou confessarem de motu próprio os elementos que os podem comprometer é que poderão ser acusados e pagarem por tais crimes. Ora, como tal jamais irá acontecer …
Apostam comigo que todos eles vão sair incólumes e passar literalmente entre os pingos da chuva?