Augusto Santos Silva, MNE do actual governo e ex-ministro nos dois executivos de José Sócrates, afirmou hoje que a acusação proferida contra este decorreu onde deveria ter ocorrido, i.e., na Justiça, tal como deve ser o respectivo julgamento, e não na praça pública ou nos media.
Sim, bem sei que este e muitos outros socialistas adorariam colocar, neste caso e à semelhança de outros, uma lei da rolha, de modo que os cidadãos permanecessem na “santa” ignorância. Aliás, Salazar também assim pensava.
Invocam, para tal, farisaicamente o estado de direito. Esquecem-se que em tal há lugar a uma imprensa livre. Obrigatoriamente, acrescento eu.
Já agora, aquele governante podia esclarecer como foi possível, ele e muitos outros, terem sido durante tanto tempo ministros de Sócrates e nunca terem dado por tantos e tantos indícios de corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de influências.