Há quem defenda acerrimamente o modelo light para tudo e para todos. Austeridade? Sim, desde que seja aplicada de mansinho e com um sorriso. Ensino? Sim, desde que seja flexível, do género aprender a brincar. Novas tecnologias? Sim, desde que venham com muitas apps e redes sociais, pouco importando que, hoje-em-dia, sejam responsáveis por uma grande parte da carbonização do planeta. Conferências, encontros e seminários? Sim, desde que sejam dadas por pessoas "leves" e risonhas, de preferência humoristas, vestindo calças de gança e camisa por fora e, sobretudo, desde que tais eventos sejam acompanhados de comida vegan e bebidas biológicas.
Em boa verdade isto é que seria viver voltado para o futuro e o verdadeiro cego é aquele que não quer ver e que não acredita nos amanhãs verdejantes, bojudas de gente saudável. Afirmar que o mundo mudou, aliás mudou muito, é a palavra que deve sair, a toda a hora, de cada boca. Só assim, (re)transformaremos a Terra. Mas não de forma isolada. É necessário preparar as pessoas para esta nova forma de ser e estar. Precisamos de trabalhar ainda mais em conjunto, explorando conceitos de sharing economy para que as nossas escolas, empresas e tecido social formem profissionais para as necessidades de amanhã.
Por isso, todos de bicicleta ou pé. Oh famintos de amanhãs saudáveis levantai-vos e erguei a bandeira da destecnologia e bradai aos céus por frutas e legumes sem adição de adubos, pesticidas e estrumes, já que isto de animais já foi chão que deu uvas.