Têm sido dias muito difíceis. Primeiro, a interrupção escolar ocorrida na última quinzena permitiu que a minha neta aqui permanecesse durante todos os dias. Muito trabalho e preocupação, como é óbvio – palavra que a Laurinha diz amiúde. Foram momentos de constante vigilância, controle e extrema atenção. Não pretendo agradecimentos, mas tão-somente ser exemplo de dedicação, honradez, força de carácter e sobretudo, prova de denodada entrega à família, através de trabalho profícuo e constante.
Contudo, a referência aos dias trabalhosos não se fica pelo cuidado extremo e entrega à felicidade daquela que mais amo. É que no outro fim-de-semana a Páscoa, com a consequente Visita Pascoal, teve lugar. Ora, só quem não sabe como é vivido este evento na aldeia é que pode dizer que é mais um dia. Para além dos folares e outros acepipes, o leitão à bairrada, por mim assado, teve lugar à mesa. A logística, tendo em conta os muito familiares, nunca é fácil.
E, para acabar, este último fim-de-semana houve a matança do porco. Foram três dias de festa, onde não faltou o sarrabulho, as iscas de cebolada, os rojões, as fêveras acabadas de cortar e grelhadas de imediato. Por aqui passaram muitos e muitos amigos. Uns na sexta-feira, outros no sábado e ainda outros no almoço de ontem. É verdade e, por isso, digo-o com prazer: quase comeram o porco inteiro.