O meu ponto de vista

Janeiro 28 2019

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A defesa de um ensino harmonioso não é uma reclamação ilegítima e muito menos irrealista, não assumida corporativamente por um corpo profissional, mas sim devido a um imperativo nacional. Tal defesa é a decisão mais oportuna tendo em conta a urgência de recuperação económico-social do país.

No plano das decisões políticas em que prevalece uma forte tendência para o condicionamento, bem como para a forte inclinação do eduquês, Portugal está a chegar a uma verdadeira hora H, com reflexos neste sector, um momento sempre decisivo especialmente quando as alternativas, sem margem para dúvidas, nos levarão a desperdiçar as últimas oportunidades que ainda restam.

O dilema que se coloca, sobretudo no nosso país, é o que opõe as necessidades de adopção de políticas educativas que visem um ensino imediato às necessidades de se imporem regras que nos disciplinem a todos, em vez de nos condenarem a uma morte lenta.

Tudo isto exige que se ataquem as verdadeiras causas do fenómeno designado por laxismo, mas que hoje começa, pouco a pouco ,a normalizar-se e que dá pelo nome pomposo de flexibilidade curricular.

Se nesta verdadeira hora H para o ensino não soubermos escolher o caminho certo, i.e., a recusa da implementação da nova agenda ideológica do ME, capitaneada pelo SE, João Costa, será o país, no seu todo, a sofrer, sem que nos caiba a nós qualquer espécie de perdão por parte das gerações futuras

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:55

Dezembro 12 2017

Não tenho a menor dúvida que apenas a exigência e o rigor criarão um futuro mais risonho. A permissividade jamais foi boa conselheira e deu e dará sempre maus frutos. Porém, o que vemos? Observamos que, por regra, as pessoas pensam que por onde os outros passarem também eles passarão, independentemente de se esforçarem ou não. Por outro lado, reparam que os mais desonestos são aqueles que mais rapidamente sobem na vida. Igualmente atentam que, afinal, o crime compensa. Angustiadamente ou não, também vêm que o ânimo, a dedicação e o empenho pouco ou nada gratificam.

Sim, bem sei que, segundo alguns, a frase “fica-te mundo cada vez pior” tem para cima de dois mil anos. Todavia, cada vez mais, acho – sem, de modo algum, comungar do “achismo”, prática tão comum nos dias de hoje – que a aludida frase, independentemente de ter muitos ou poucos anos, começa a fazer verdadeiro sentido. Deus queira estar enganado.

No que concerne aos meus filhos e netos – falo na generalidade -, com toda a franqueza, não gostaria de que na sua educação entrasse o laxismo, o faz-de-conta e a desresponsabilização pelos seus actos. Em suma, quero e exijo que sejam educados tendo em atenção as suas atitudes e comportamentos. Os valores são fundamentais e devem estar presentes em todos os momentos do dia-a-dia.

Não sei se é da idade. Penso que não. No entanto, a cada dia que passo vejo a preparação dos nossos vindouros com características nada recomendáveis. Há excepções? Com certeza que sim. Apenas confirmam aquela premissa. Estou, contudo, perfeitamente convencido que o futuro será das máquinas e de meia-dúzia de humanos - os excepcionais - capazes de as comandar. O resto, a grande “manada”, não passará de perfeitos autómatos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 13:41

Outubro 12 2016

O grau de exigência e o tipo de controlo do ensino devem ser proporcionais ao risco para o interesse público que é preciso acautelar e proteger. Por isso há, antes de proceder a mudanças, que perceber com algum rigor e profundidade o contexto onde as normas foram e são aplicadas. Tal exige não apenas o cumprimento da formalidade da “consulta”, mas sobretudo um espírito aberto às recomendações oriundas de todas as fontes e não de onde - neste momento - sopram os ventos. Caso contrário somos iludidos, propositada ou despropositadamente, não nos tendo precavido com um princípio fundamental que é de analisar os resultados depois dos mesmos terem sido produzidos. Verdade lapalassiana e que no presente caso não foi atendida.

Vem esta introdução a propósito de mais uma reforma curricular. Corra-se por onde correr, fale-se aqui e acolá, os governos neste campo não resistem a fazer sempre o mesmo: mal se alocam no poder há que mudar, senão toda, quase toda a legislação anteriormente produzida. E, nós, meras cobaias, lá vamos gemendo e chorando, mas baixinho para que a casa não venha abaixo.

Fala-se em encurtar os currículos de modo a aumentar o sucesso escolar. É o make it easy no seu esplendor máximo. Não se trata de simplificar os processos burocráticos e/ou a eliminação dos encargos administrativos desnecessários, os quais sobrecarregam extraordinariamente os docentes. Muito menos se trata da eliminação ou redução daquilo que se pode designar como actividades sem valor acrescentado e são tantas. Trata-se, sim, de retomar uma cultura do facilitismo, já encetada nos governos de José Sócrates, e que tão maus frutos deu.

Como é evidente o comportamento ético e deontológico dos docentes é atirado às malvas. Porém, em face de valores tão elevados que a esquerda e extrema-esquerda cultivam nada nos admira.

publicado por Hernani de J. Pereira às 22:25

Análise do quotidiano com a máxima verticalidade e independência possível.
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