A defesa de um ensino harmonioso não é uma reclamação ilegítima e muito menos irrealista, não assumida corporativamente por um corpo profissional, mas sim devido a um imperativo nacional. Tal defesa é a decisão mais oportuna tendo em conta a urgência de recuperação económico-social do país.
No plano das decisões políticas em que prevalece uma forte tendência para o condicionamento, bem como para a forte inclinação do eduquês, Portugal está a chegar a uma verdadeira hora H, com reflexos neste sector, um momento sempre decisivo especialmente quando as alternativas, sem margem para dúvidas, nos levarão a desperdiçar as últimas oportunidades que ainda restam.
O dilema que se coloca, sobretudo no nosso país, é o que opõe as necessidades de adopção de políticas educativas que visem um ensino imediato às necessidades de se imporem regras que nos disciplinem a todos, em vez de nos condenarem a uma morte lenta.
Tudo isto exige que se ataquem as verdadeiras causas do fenómeno designado por laxismo, mas que hoje começa, pouco a pouco ,a normalizar-se e que dá pelo nome pomposo de flexibilidade curricular.
Se nesta verdadeira hora H para o ensino não soubermos escolher o caminho certo, i.e., a recusa da implementação da nova agenda ideológica do ME, capitaneada pelo SE, João Costa, será o país, no seu todo, a sofrer, sem que nos caiba a nós qualquer espécie de perdão por parte das gerações futuras