Os lambe-botas ou, para usar uma linguagem mais polida, carreiristas sempre existiram, existem e infelizmente existirão. Faz parte da condição humana. Mas que fazem muito mal não é menos verdade. O grande problema é que se começa a ver cada vez mais. Que haja colegas empreendedores, com espírito de iniciativa, com “garra”, como vulgarmente se diz, é óptimo e só temos que dar graças a Deus pela sua existência. Agora, carreiristas ou caçadores, como já se ouve no dia-a-dia, é que não e “salta-me a tampa” sempre que me deparo com alguns, independentemente do género.
Estes caçadores pululam um pouco por todo o lado. Autêntico enxame de moscas. Mudam de nome, de lugar, mas a m… é a mesma. É vê-los nas escolas, nas empresas, nos clubes, nas instituições sociais e, sobretudo, nos partidos. Então aqui, é de bradar aos céus. Há “jotinhas “, pelo menos os do “arco do poder”, que sobem, sobem, sobem, sem uma única ideia própria, movendo-se por tudo menos por causas ou missões que sirvam o bem comum.
Os “passa a mão no lombo” são orientados essencialmente para o futuro e apresentam ambições de liderança. Sonham com aspirações rápidas na carreira, bem como o reconhecimento do mérito a cada etapa. Bacocos no elogio, esperam igualmente ser exaltados a cada momento. Geralmente não têm qualquer problema em começar por baixo e subir todos os degraus, custe o que custar. O fim justifica plenamente os meios. A sua ambição não tem limites, mas sabem muito bem que a não podem demonstrar. Daí serem mestres na arte de simulação. Quando algo corre mal, são, todavia, os primeiros a abandonar o navio.
Estas palavras vieram-me à mente ao ouvir ontem o deputado do PS, João Galamba. Feroz adversário de tudo o que se apresente à direita do seu partido, sempre com o dente afiado a defender os donos da sua quinta, ei-lo a subir de importância no seu partido, mesmo que nenhuma ideia ou acto positivo lhe seja conhecido.
Atenção que homónimos de João Galamba existem em todos os partidos. Encheria rapidamente uma página inteira com nomes que num ápice me vêm à memória.