Estou absolutamente convicto de que não faltam, em Portugal, nem grandes ideias, maravilhosas até, nem ideias completamente absurdas. Como é óbvio acredito, igualmente, que exista uma grande dificuldade em encontrar as pessoas certas para liderar as aludidas grandes ideias, tal como não existe qualquer contratempo em recrutar pessoas para as segundas.
No sector da educação, infelizmente, não abundam as primeiras. Já no que concerne às segundas, estas pululam em tal número que a única dificuldade está na escolha. Dos últimos grandes erros aponto a constituição dos mega-agrupamentos, bem como o encerramento de setecentas escolas do primeiro ciclo.
Como é lógico, todos estes grandes “tropeções” têm consequências no dia-a-dia de muitos e muitos alunos, famílias, funcionários e docentes. Consequências que são extraordinariamente funestas e cuja amplitude só mais tarde conseguiremos - se é que alguma vez conseguiremos – visualizar e avaliar.
E para aqueles que, a partir de 1 de Setembro próximo, vão integrar os ditos mega-agrupamentos então as sequelas começaram há muito. Poucos ou nenhuns elementos são disponibilizados e, por exemplo, a menos de uma semana do início do novo ano lectivo os docentes não sabem onde se apresentar. Na sua antiga escola/agrupamento ou na sede do novo? E, já agora, para que servem as páginas electrónicas? Será difícil colocar lá uma simples informação a este respeito? Será pedir demais que se divulgue, desde já, a agenda das actividades a desenvolver nos primeiros dias de Setembro? Ou será que, nesta data, os respectivos responsáveis ainda nada saibam sobre estas questões?