Afinal também melhores, segundo alguns, abandonam o barco. O “Ronaldo das Finanças", vulgo Mário Centeno, demitiu-se. Depois dos elogios bacocos, levado ao colo por insistentes apoiantes, admitido por outros como obrigados a engolir autênticos sapos vivos – leia-se PCP e BE -, o certo é que se cansou de ultimamente levar pontapés e, sobretudo, chapadas daqueles que em tempos recentes o levavam aos píncaros.
Demagogia pura. Governou, de acordo com os apaniguados cor-de-rosa, muito bem. Todavia recordamos que foi em tempos de vacas gordas. Quando o cinto começa a apertar – a Covid-19 oblige – sai de cena.
Hoje, aquando da despedida, foi patética a cena. Todos os intervenientes – antigo e novo ministro das finanças, bem como o primeiro-ministro – limitaram-se a ler os papéis que, antecipadamente, alguém lhes tinha escrito, não fosse a boca fugir-lhes para a verdade. Foi, sem dúvida, um perfeito acto de hipocrisia, o qual ficou bem patente nos elogios mútuos, quando todos estavam com amargos de boca bem visíveis.