A minha neta, com apenas sete anos, começa amanhã as provas de aferição neste ano lectivo. Como é evidente tem andado perturbada, chorando e manifestando imenso receio. Por muito que a mãe e eu a tentamos acalmar, o certo é que, em determinados momentos, o sistema nervoso activa-se e surge a instabilidade. A pergunta sacramental é sempre a mesma: “se eu não conseguir responder a tudo e de forma positiva, vou reprovar?”
Ora, se não se justificam quaisquer provas de aferição, pela sua nula utilidade, aplicá-las em crianças em idade tão precoce é um crime. E em computador, quando nesta idade se deve exigir, a todo o custo, o manuseamento da escrita manual?
Todavia, com o (des)governo como actualmente temos não admira estes e muitos outros atropelos ao bom senso. Não se justificam em termos pedagógicos e muito menos em demarcações científicas.
Reafirmo o que sempre declarei, inclusive quando tinha poderes direcionais, ou seja: as provas de aferição são uma fraude e apenas servem para acrescentar ao já imenso trabalho das escolas mais burocracia.
Exames? Sim, no final do 2º e 3º CEB e Secundário, com uma majoração mínima de 50 %.