Quanto mais não seja, no calendário inicia-se hoje uma das estações mais apreciada por todos os portugueses: o Verão. Apesar de hoje se apresentar mais que envergonhado – já vi dias em pleno Janeiro bem melhores -, é tempo de férias, de odor a flores e a fruta, de longos e bons dias de sol, noites cálidas, lugar para conviver à sombra e diante de um bons petiscos e bebidas frescas, momentos para colheitas, algumas das quais se estenderão até ao Outono, no fundo circunstância e conjuntura que nos convida a momentos de lazer e prazer.
Não falei anteriormente de praia propositadamente, já que este é, sem dúvida, o lugar de eleição que me faz lembrar o Verão. Adoro ir para a praia cedo, sentar-me na cadeira e ler o jornal. Enquanto esta actividade não estiver concluída, ninguém me convide para outra coisa. Por volta das 11h00 é, então, tempo de um banho refrescante, a que segue uma hora depois o regresso a casa para grelhar um belo peixe, adquirido de manhã cedo no mercado respectivo. Depois do almoço, é altura para uma dormir uma sesta, regressando à praia por volta das 16h00, sempre acompanhado de um livro.
Estes dias repetem-se, um atrás de outro, sem me cansar. Dirão alguns que são férias minimalistas, sem graça e muito menos rasgo de ousadia. Respondo que, primeiro, cada um faz o que gosta; segundo, também nem sempre, nem nunca. Dias existem em que os passeios por outras paragens se impõem, sem esquecer de percorrer serras e vales sempre à procura da óptima gastronomia regional.
O único lamento é que são poucos dias – a disponibilidade e as finanças assim determinam -, e ainda faltar tanto tempo para o início de tal.