
Desde há muito que o mundo do futebol é algo que não se recomenda e cuja companhia se dispensa. A corrupção tentada e a conseguida, o excesso de dinheiro, o deixa-andar por parte das forças governamentais, as quais, independentemente da sua cor, preferem olhar para o lado do que encarar o problema de frente – a caça aos votos a isso obriga -, o novo-riquismo e, sobretudo, os dislates proporcionados pelos dirigentes, primeiros responsáveis pelo descalabro deste tão fabuloso desporto, tudo junto leva a que cada vez haja menos associados e, principalmente, menos pessoas nos estádios. Já que adeptos e treinadores de sofá continuam a não faltar.
Todavia, apesar da escandalosa situação financeira dos clubes portugueses – leia-se défices exponenciais - continua a não faltar dinheiro nos respectivos cofres. Pelo menos é o que parece.
Agora, quando haviam todas e mais algumas condições para rumar a paragens mais tranquilas, mercê do seu bom desempenho, eis que, inexplicavelmente, o presidente do Sporting, de seu nome Bruno de Carvalho, conhecido internacionalmente pelo Donald Trump do futebol luso, se propõe a abrir uma guerra contra tudo e contra todos, disparando em todas e mais algumas direcções, chegando ao cúmulo da grosseria ao afirmar que “não dorme com um olho aberto, mas sim com os três bem fechados”.