Aí estão eles em plena campanha eleitoral, desde que o sol nasce até que caia a noite. E muitos, mesmo durante a noite, ainda dão um pezinho num ou noutro jantar. Campanha sensaborona, sem despertar, quase que me atreveria a dizer, qualquer interesse, onde os candidatos se limitam a debitar sound bites retransmitidos pelas televisões mas que os portugueses se alheiam por completo.
A maioria dos portugueses está perfeitamente convicta que os vinte e um deputados nacionais no PE pouco ou nada valem. No fundo, o sentimento geral é que os candidatos querem o excelente lugar, uma vez ser primorosamente bem pago. Quanto muito existe algo que desperta a atenção: saber qual a percentagem do PS e da coligação Aliança Portugal (PSD/CDS-PP) e se António José Seguro se segura - desculpem-me o quase trocadilho – em função da vantagem que presumivelmente irá ter. Uma derrota – nada provável – ou uma vitória tangencial e lá irá o To Zé às malvas. Bem, existe outro motivo de interesse, mas este para os mais politizados, i.e., se o BE desaparece de vez da cena europeia.
O Paulo Rangel, apesar de quase cadavérico, lá vai dizendo qualquer coisa, trazendo para a ribalta, mas de modo excepcional, um ou outro dichote espicaçante. Pelo seu lado, o cabeça de lista do PS, Francisco Assis, discursa bem – e sem necessitar de cábula, acrescento eu -, como aliás sempre foi seu timbre, mas falta-lhe substância que “agarre” os eleitores às suas palavras.
E, assim, vamos nós neste marasmo, gastando rios de dinheiro e tempo que não possuímos.