Soube-se, há pouco, que Paulo Bento chegou a acordo com a FPF com vista à rescisão do seu contrato. Até aqui, como costumo dizer, nada de mal para o mundo, bem pelo contrário. Aliás, tal decisão só peca por tardia, pois, como já escrevi por diversas vezes, Paulo Bento deveria ter colocado o seu lugar à disposição logo após a “nossa” indecorosa prestação no Mundial do Brasil.
Porém, é curial afirmar que não é o único culpado, pois a FPF insensatamente renovou o contrato com aquele antes da nossa deslocação ao Mundial de 2014. E, pior, de forma asinina, colocou a rescisão no patamar dos três milhões de euros.
Depois, como é lógico, mesmo com os resultados que se viram no Brasil e contra a Albânia, estava de tal modo com as mãos e os pés atados, que só restava um rompimento amigável, com a respectiva indemnização ao seleccionador, o qual deve ter saído com uma maquia apreciável.
Poderemos interrogarmo-nos se isto afecta ou não os nossos bolsos. A resposta é directamente não, mas em virtude da FPF ser reconhecida como instituição de utilidade pública e, por isso, estar isenta de contribuições, o caso repercute-se nos cofres do Estado, ou seja, indirectamente, em todos os portugueses.