É um dado adquirido. A conjuntura nacional continua a ser adversa e as notícias recentes em torno do investimento no ensino e na capacidade económica das famílias lançam cenários de incerteza em torno da questão da formação e qualificação.
Também é inquestionável que Portugal criou nos últimos anos a mais qualificada das suas gerações, tornando-se conhecido internacionalmente como fornecedor de mão-de-obra de excelência, seja nas áreas de engenharia, investigação, medicina, gestão, mas também nos cursos mais técnicos.
Com o desemprego jovem ainda em patamares muito preocupantes, gorando as expectativas dos recém-formados e dos agregados familiares que investiram fortemente recursos financeiros e pessoais para concluir os seus cursos, o receio de desinvestimento crescente – o super-ego de Centeno e a sua fixação pela inflação zero a isso obriga – na formação está instalado.
Aliás, é o próprio Presidente da República quem o assume ao apelar publicamente aos jovens para que não abandonem a formação e qualificação, mesmo quando “os níveis de desemprego não poupam sequer os mais qualificados”.