A flexibilidade curricular, implementada por este governo, e autodesignada como o pináculo da perfeição em termos de vida escolar, tem servido para tudo e para nada. Para tudo, como aconteceu ontem no debate entre os líderes partidários na RTP, onde António Costa não vendeu a coisa por menos: “todas as medidas de flexibilização… têm combatido as questões de indisciplina nas escolas”. Tem servido para nada, uma vez que a esmagadora maioria dos professores está-se c@g@ndo para tal medida.
Bem têm tentado criar a ilusão de que este programa educativo oferece estabilidade no ensino dos discentes, boas condições de trabalho aos professores, assim como factor extraordinário no combate à imprevisibilidade que advinha no futuro.
E se alguns a colocam, mais ou menos, em prática – o receio de sanções e a noção de dever assim obrigam -, é sabido de fonte segura que tal não tem qualquer influência na indisciplina que infelizmente grassa pelas nossas escolas. E se porventura tivesse influência seria para aumentar a indisciplina e jamais o seu contrário. Dou de barato que existam boys and girls rosas a acreditar em tal. Todavia, quem conhece a vida escolar sabe que tal afirmação é uma completa patranha.