O meu ponto de vista

Setembro 05 2020

A Festa do Avante já vai no segundo dia e podem ter a certeza que ao terceiro o PCP retribui o favor que António Costa lhe fez. E se não for amanhã será em breve, pois é conveniente deixar assentar a poeira e manter um certo decoro fica sempre bem. Uma coisa é certa: os comunistas são gente de uma só palavra e seguem à risca aquele ditado “amor com amor se paga”.

Já agora o secretário-geral da Fenprof, diz que ainda não estão asseguradas as condições que minimizem o risco de contágio por covid-19 nas escolas, acusando a DGS de incoerência ao validar recomendações do Governo que vão contra o que definiu.

Como a coerência é a arma forte de Mário Nogueira, defende que as escolas deveriam continuar encerradas, enquanto todas e quaisquer iniciativas do PCP e seus satélites devem prosseguir e a todo o gás, como sejam as comemorações do 1º de Maio e a Festa do Avante.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:07

Fevereiro 19 2020

No ensino continua "tudo como dantes, quartel-general em Abrantes”. O não-ministro, Tiago Brandão Rodrigues, não dá a cara quase por nada, surgindo apenas quando convocado obrigatoriamente, como é o caso das audiências na AR, e apenas para dizer as banalidades do costume. As escolas, fazendo das tripas coração, lá vão empurrando o barco, mais ao sabor dos ventos do que por objectivos previamente traçados.

Os professores e auxiliares são agredidos, bem como a violência intra-discentes aumenta assustadoramente. É um facto relatado diariamente. E que diz o ME? Assobia para o lado, ou, quanto muito, manda dizer ter planos para combater tal flagelo, sem jamais revelar quais.

Por outro lado, os sindicatos, sempre na defesa dos direitos dos seus dirigentes, perdão dos professores, claro está, marcaram uma jornada de luta/greve às avaliações intercalares que, eventualmente, decorram durante a interrupção do Carnaval, leia-se dias 24 e 26 próximos. Não digo que não existam escolas que não tenham marcado aquelas actividades para estes dias, mas não tenho a menor dúvida que serão uma minoria dentro de uma escassíssima minoria. Aliás, ontem, em conversa na sala de professores, dezenas de colegas afirmaram desconhecer qualquer escola nessas condições, com excepção de uma – só confirma a regra – que apontou Vouzela. Já agora, a ser verdade é condenável.

Importa, por isso, reafirmar que gastar munições para nada, ou melhor, para quanto muito dar prova de vida, não é só sinónimo de incompetência, é também sinal de estupidez.

publicado por Hernani de J. Pereira às 14:19

Setembro 10 2019

A Fenprof voltou ao mesmo, i.e., ao local do crime. Para além de marcar uma manifestação para 5 de Outubro, véspera das eleições legislativas, na qual prevejo grande fiasco, resolveu reincidir nas suas já mais que gastas reivindicações. Senão acreditam, observem o que voltam a pedir:

“A recomposição da carreira, a recuperação integral do tempo de serviço, o urgente rejuvenescimento da profissão docente, um regime específico de aposentação, a eliminação da precariedade na profissão, concursos mais justos, menos alunos por turma, horários de trabalho legais, uma gestão democrática das escolas e contra o processo de municipalização da educação”.

Tirando os itens por mim sublinhados, o resto não dá sequer para «mandar cantar um cego». Já todos vimos o que deu a teimosia da recuperação integral do tempo de serviço.

publicado por Hernani de J. Pereira às 18:54

Junho 13 2019

O Mário, o eterno defensor dos professores, o querido líder da Fenprof, afinal não vai abandonar esta liga, ao contrário do que em tempos levou muitas pessoas a pensar, eu inclusive. Irá candidatar-se em lista única, como convém nos sindicatos ditos democráticos, a mais um mandato de três anos, afirmando que agora, sim, é o último.

Pudera, acrescento eu. Após mais um mandato terá idade e tempo de serviço para se reformar. Dar aulas? Tá quieto, ó meu!

Depois de um mandato em que primeiramente andou de braço dado com o Tiago, tecendo-lhe os maiores encómios, e posteriormente “comido” por ele - também conhecido por se autoqualificar como “acérrimo e radical defensor dos professores” -, acabando por nada conseguir para os docentes, a primeira coisa que deveria fazer, se tivesse um pingo de vergonha, era abandonar a vida sindical e ir dar aulas. Só que isso é para os verdadeiros professores.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:25

Maio 16 2019

O ME, Tiago Brandão Rodrigues, já se assumiu como defensor radical da luta dos professores. Bem, foi o que se viu. Estamos falados. Ponto final parágrafo.

O actual secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, e putativo candidato a novo mandato, foi um encarniçado lutador em prol da defesa dos direitos dos professores, isto tendo em linha de conta os primeiros tempos de Maria Lurdes Rodrigues e, sobretudo, durante o “reinado” de Nuno Crato. Hoje, após ter apoiado a geringonça, ter tecido os maiores encómios ao ainda ME, e depois de ter sofrido a maior derrota, deixou-se de greves e deu ênfase a uma nova forma de luta: convocação de comícios/manifestações designados de indignação. Antevejo um belo funeral, porque se não estamos em luta pelo menos de luto permanecemos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:36

Maio 11 2019

Tiago Brandão Rodrigues, excelso ME – apenas no papel, entenda-se -, regressou de férias. Durante a crise esteve a banhos em Cabo Verde. Também, é verdade que ninguém deu pela sua ausência. Bem, já não de agora.

Por outro lado, Mário Nogueira, garantiu que, afinal não vai abandonar, por muito desiludido que esteja, o PCP. E mais: vai recandidatar-se a mais um mandato como secretário-geral da Fenprof.

Por isso, continua tudo como dantes, quartel-general em Abrantes …

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:34

Maio 08 2019

Isto, sim, é novidade. De acordo com as notícias da manhã de hoje, Mário Nogueira, o mais que querido líder da Fenprof, está muito desiludido com o seu partido de sempre, o PCP. Tanta amargura, aliada a muito desespero, levam-no a pensar em abandonar o partido.

É de homem e, acima de tudo, de professor. Neste momento ainda com letra minúscula, mas nunca se sabe quando não alterarei a grafia. O resto são cantigas e, sobretudo, encenações. Os professores continuarão a chuchar no dedo e pergunto: então, e depois? Já não estamos acostumados?

G'anda Mário. Os velhos sindicalistas, tal como as árvores, morrem de pé! Dá-lhe com força. Existe sempre uma sala de aula à tua espera.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:03

Janeiro 23 2019

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Para os distraídos e, sobretudo, para os mais esquecidos recordo que Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, aquando da posse do actual ME disse “esperar diálogo e coragem por parte do novo ministro. A juventude do ministro pode ser uma vantagem. Alguém sem preconceitos, sem vícios, pode ser um contributo positivo para fazer algo de diferente. Os problemas são enormes e uma pessoa que vem da área de investigação, da área do cancro, não tem medo de enfrentar problemas. E isso é positivo”, acrescentou aquele sindicalista. Adiantou ainda que também esperava que este ministro da Educação ouvisse antes de decidir e que estivesse bem apoiado ao nível das secretarias de Estado. “Tem de ser alguém capaz de ter uma postura dialogante e negocial”.

Quando o ministro Tiago Brandão Rodrigues completou 50 dias de mandato, a Fenprof enviou um comunicado às redações a fazer um «balanço positivo» da ação governativa. «É como se o Ministério da Educação tivesse realizado obras de saneamento básico, aliás mais do que indispensáveis... A nova equipa ministerial limpou o entulho. Agora, há que partir para as medidas de fundo», salientou no documento o secretário-geral da Fenprof.

Caros amigos, quando pensam que isto foi dito? Trinta anos? Puro engano, pois foi apenas há três anos. De lá para cá andaram de braço dado. Diria mais: Mário Nogueira andou com o ME nas palmas das mãos e só recentemente viu que os encómios e o colinho tinham dado numa mão cheia de nada e descobriu que, para agravar a situação, até havia vontade por parte do governo em alterar o Estatuto da Carreira Docente.

Embalado umas vezes, fazendo-se morto outras, acordou agora para pedir a demissão do ME. Rasga as vestes e bate com o pé de tanta indignação. Ora, bem sei que a nossa memória é curta. Contudo, pensar que é tão diminuta assim é tentar ter prazer onde só existe dor.

publicado por Hernani de J. Pereira às 19:59

Junho 12 2018

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Como já escrevi várias vezes, este governo prometeu tudo e mais alguma coisa. Umas vezes explicitamente, outras implicitamente e outras ainda dizendo nim, i.e., empurrando com a barriga o problema para a frente, facto aliás muito corrente nesta geringonça, na vã esperança que posteriormente surgisse uma solução ao fundo do túnel ou então que o mesmo se desvanecesse.

António Costa e o seu delfim Mário Centeno não se cansaram de proclamar aos quatros ventos que o fim da austeridade era um facto indesmentível, que havia dinheiro para a saúde, educação, justiça, etc, sem esquecer o aumento de pensões, descongelamento de carreiras na função pública e, como é óbvio, o consequente aumento dos salários. Em suma, esta era uma nova era e tínhamos um governo, acima de tudo, dialogante e pronto a estender a mão aos que dele se abeirassem.

O caso dos professores é paradigmático. Diálogo mensal, sorrisos a toda a hora, portas escancaradas do ME para as reivindicações há muito engavetadas e esperançosas de surgirem à luz do dia. Todavia, passada fase da empatia mútua, eis que surge a verdadeira face deste governo. Por isso, António Costa, à semelhança de Victor Gaspar, ex-ministro das Finanças de Passos Coelho, também disse com voz grossa “não há dinheiro”. Ponto final parágrafo.

Claro que os professores, até aqui amansados por uma Fenprof presa por rabos de palha, resolveram ir à luta. A greve às reuniões de avaliação em muitas escolas está na ordem do dia e a provocar mossa. Não admira, assim, que o ME, através de nota informativa (!!!) tenha deitado às malgas – diga-se, em abono da verdade, que é useiro e vezeiro em tal – toda a legislação que rege esta matéria.

Estou perfeitamente convencido que uma parte dos pais e encarregados de educação agradecem e aplaudem o gesto de Tiago Brandão (Lurdes) Rodrigues. Outra coisa, porém, é o caso dos directores de escolas seguirem os ditames da tutela mesmo sabendo que se trata efectivamente de uma ilegalidade. Pela amostra parece que têm a espinha muito curvada, para além de não terem frutos vermelhos muito apreciados em saladas.

publicado por Hernani de J. Pereira às 11:51

Fevereiro 16 2018

Em tempos não muito distantes o então ME, Nuno Crato, não podia colocar o pé na rua que, fosse onde fosse, aí tinha a Fenprof, com meia-dúzia de docentes, mas todos com cartazes e apitos, a manifestar-lhe o seu repúdio e proclamando incessantemente “está na hora, está na hora, de NC ir embora”. Claro que os media, sobretudo as televisões, de modo algum eram esquecidas. Faziam, aliás, parte substancial da “luta”.

Recentemente, porém, tudo é diferente. Sopram outros ventos e o espírito de diálogo é permanente e, segundo se afirmava, muito profícuo. Bem, segundo querem fazer crer, parece que agora a mudança está em cima mesa e até novas greves estão marcadas.

Assim, uma vez que no próximo dia 19 de fevereiro o ministro de Educação vem a Anadia, nomeadamente às escolas do 1.º CEB, Vila Nova de Monsarros e Aguim, exijo à Fenprof que use os mesmos métodos e “monte” o aludido circo, tão conhecido de todos os portugueses. Os motivos não decresceram. Bem pelo contrário. Descongelamento e progressão na carreira, aposentação, componente lectiva/não lectiva, horários de trabalho, entre tantos outros.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:12

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