O que se passou em Fátima no p.p. domingo foi deveras lamentável. A enorme enchente de pessoas, algumas delas a não cumprirem as regras básicas sanitárias em termos de Covid-19, foi uma má imagem para a Igreja e, sobretudo, para Fátima.
Bem sei que os responsáveis do Santuário estavam a léguas de imaginar o mar de gente que se concentraria nesse dia na Cova de Santa Iria, tanto mais que a peregrinação aniversária de Setembro não tem por hábito tal ajuntamento. Todavia, penso que era possível ter dado outra imagem. Bastava impedir mais cedo a entrada de tantos peregrinos - houve falta de monotorização - e dispor os seus cerca de trezentos colaboradores a controlarem aqueles, impondo máscara e não permitindo os ajuntamentos.
Descredibilizou-se sem necessidade. Como poderemos nós crentes – foi o meu caso – criticar a Festa do Avante, promovida pelos comunistas?
Não tenho a certeza absoluta, mas ao que consta pelos media e pelo que se passou no domingo é verdade: anda algum desnorte pela administração do Santuário de Fátima. A sua profissionalização, já de si questionável, por este e outros exemplos anda pelas ruas da amargura, jogando dia sim, dia sim os “burros na água”.