O meu ponto de vista

Maio 03 2016

Quando pensamos, vemos, ouvimos e lemos vem-nos à mente algo, na maior parte das vezes, inusitado. Por exemplo, há quem defenda que entre um bom político – vá-se lá saber como se pode classificar tal - e a melhor das iguarias culinárias há mais semelhanças do que diferenças. Na verdade, dizem aqueles, em ambos os casos, o que se serve resulta de uma combinação harmoniosa de ingredientes que deve ser agradável à vista, mas sobretudo deve suprir uma necessidade. Se no segundo caso ela é alimentar, no primeiro trata-se de conjugar os vários elementos de modo a transmitir ao cidadão comum que é o ingrediente que faz a diferença no seu voto.

Muito mais do que a mera soma das partes, o político tem de dar sentido às várias etapas de carreira cumpridas e demonstrar a capacidade de cidadão primus inter pares e a sua adequação aos novos desafios que se perfilam. É com base nesta premissa que muitos políticos (e candidatos a) se perguntam se devem colocar toda a sua vida em jogo, mesmo aquilo que nada tem a ver com a função, como são exemplos a família e os amigos.

Uma coisa é certa. Não gosto de “bater” em políticos de forma demagógica e populista, do género “são todos uma corja de gatunos”. Há que fundamentar, separar o trigo do joio, e acima de tudo, ter constantemente presente que em todas as classes sociais e/ou profissionais há excelentes, bons, médios e maus homens, independentemente do género, raça ou religião. A generalização foi e sempre será perigosa.

publicado por Hernani de J. Pereira às 20:30

Agosto 31 2015

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 As ferramentas sejam elas de índole política, económica, educacional ou outra qualquer que hoje-em-dia se usam são muito diferentes de há uma ou duas décadas, isto para não recuar mais tempo. A forma como actualmente se pensa e encara o futuro, acompanhando os avanços técnicos e tecnológicos, tentando simultaneamente adequar-se às necessidades impostas pela sociedade a vários níveis, é motivo de regozijo.

Factores como a segurança, conforto, fiabilidade, economia, ecologia e assertividade terão de ser levados muito a sério e integrados de diferentes formas. Estes factores estiveram e continuam a estar na base do surgimento de novos modos de agir, novas estratégias, novos procedimentos e até novas concepções do edifício organizativo.

Assim, a pretensão de continuar a navegar em águas mansas, baixando-se sempre que as ondas se agigantam, fazendo vista grossa dos factos mais ou menos inconvenientes, na esperança que, a modos, possa passar entre os pingos da chuva, poderá surtir efeito durante algum tempo, mas mais cedo que tarde o feitiço virar-se-á contra o feiticeiro.

Jamais levantar a voz, não dar, de vez em quando, um murro na mesa, senão mesmo virá-la, não possuir coragem para estabelecer rompimentos, não é, de modo algum, desasnar, bem pelo contrário.

Depois não nos admiramos das demissões e da assumpção do comando por pessoas inexperientes e, sobretudo, sem o mínimo de talentos para os cargos.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:53

Julho 27 2015

Existe uma natural apetência para o envolvimento em contextos de jogo, sejam eles políticos, profissionais ou afectivos, bem como na resolução de problemas/enigmas e afins. As respectivas mecânicas dos aludidos jogos são meios para (des))motivar comportamentos específicos com um elevado grau de (in)sucesso, dada a natural motivação associada.

Muitas pessoas comunicam através de comportamentos, produtos ou canais de comunicação “joguificados”. A nível afectivo, a “joguificação” está a ser usada como meio para (des)motivar outros com problemas de afiliação, formação e desenvolvimento.

Todavia, enganam-se aqueles que julgam que esta estratégia apresenta custos significativamente menores que outras soluções. À priori até pode pensar-se que sim, mas a médio e, sobretudo, a longo prazo, os custos serão exponencialmente maiores. A vida está muito longe de ser um jogo, mas que para determinadas pessoas o é não tenho a menor dúvida.

publicado por Hernani de J. Pereira às 21:14

Maio 09 2014

Sei que não é o mais curial iniciar um texto com uma questão, mas, como costumo dizer, à falta de melhor aqui vai: é pedir muito que algo seja feito a bem do futuro e da sustentabilidade do país e mais ainda do crescimento do emprego?

Já o disse e repito: o Documento de Estratégia Orçamental (DEO) parece interessante, sobretudo no que respeita à diminuição de alguns impostos para as empresas e o fim de certa burocracia, fundamentais para captar investimento. Por outro lado, compreende-se e bem a sobrevalorização das exportações. No fundo, trata-se de medidas para fomentar a internacionalização empresarial e, deste modo, oferecem realmente um enorme capital expansionista com retorno.

Contudo, não podemos descurar a produtividade, a qual continua a ser um dos dramas nacionais. Um ajustamento às necessidades do mercado, através de um verdadeiro ensino profissionalizante, é uma das formas de promover a competitividade e a evolução positiva do mercado de trabalho.

Antevejo, porém, algumas desilusões. Daqui a uns meses será dominante o discurso de que as medidas foram um fiasco. É o nosso velho fado! Umas medidas resultarão melhores que outras, é claro, só que não existe nenhuma fórmula instantânea para o crescimento económico.

Se houver coragem e vontade para o estabelecimento de um pacto político, de preferência a longo prazo, prevejo que se demore dez a alcançar o patamar aceitável para reformular a legislação e os sistemas jurídico e fiscal. O grande problema é o enorme desentendimento político-partidário que impede tal.

Concluo com outra pergunta: haverá uma estratégia eficaz de crescimento com efeitos imediatos? Talvez, mas só com o acompanhamento de um ou mais milagres …

publicado por Hernani de J. Pereira às 23:28

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