É uma verdade insofismável. Preferimos acreditar em promessas, por muito que a realidade desminta todas as conjecturas futuras. E não vale a pena “bater no ceguinho”, pois assim foi, é e, infelizmente, há-de ser.
O intróito é a prova acabada de algo que, por exemplo, o governo chefiado por António Costa, prometeu em finais de 2018, i.e., o eventual acesso à pré-reforma para os funcionários públicos que reunissem determinadas condições, mais concretamente possuissem 55 anos de idade. Após a candidatura os “eleitos” poderiam reformar-se com uma pensão de 50 a 100% da totalidade do vencimento, dependente da negociação e das necessidades do serviço.
Acontece, porém, que mais uma vez se tratou de uma medida anunciada em grandes parangonas, servindo a mesma para alimentar muitas e muitas esperanças, sem esquecer os correspondentes motivos eleitorais. Todavia, na realidade, o governo não regulamentou a referida legislação e vem agora, pela voz da ministra Alexandra Leitão, dizer que, no próximo ano, encetará contactos com os mais diversos parceiros e, em 2021, se verá como aplicar a lei e quem terá direito a beneficiar da mesma.
No fundo, no fundo mesmo, isto quer dizer, uma mão vazia e outra cheia de nada. Anunciamos, a publicidade é feita, os incautos caem e no final, depois de diálogos/negociações e, mais os que os políticos/demagogos se lembram, vai-se a ver e … nada.