Como habitualmente costumo dizer, vivemos tempos muito difíceis. E para situações excepcionais, exigem-se soluções igualmente excepcionais. Todavia, nem tudo o que é pedido é devido, tal como diz o ditado popular. Então, pelas redes sociais, pede-se, exige-se, faz-se finca-pé de tudo e de mais alguma coisa, desde a singela sugestão ao mais absurdo que se possa imaginar.
Ainda agora vi um abaixo-assinado para o encerramento de todos os serviços públicos. E quando solicitam o encerramento é a 100%, i.e., zero funcionários. E não cogitem que este pensar é singular. Vejo a pedir tal imensas pessoas formadas, as quais, desculpem o termo, “não pensam”. Ora, sem me querer alongar muito, esta forma de agir, desde já, levanta-me várias questões. Vou dar como exemplo aquele que, de perto mais me toca, i.e., as escolas. E, assim, peço um simples exercício de maginação, ou seja, conjecturem que as escolas encerravam mesmo, tal como acontece ao fim-de-semana. Sem mais delongas, pergunto simplesmente: como receberíamos, então, o ordenado ao final do mês? Como seriam processados os subsídios sociais e as pensões? É que isto não é automático, tipo carregar no botão e pronto!
E já agora, reivindicar o encerramento total dos serviços públicos sem exigir o mesmo para o sector privado é hipocrisia. Assim, vamos parar, por completo, o país? Haja bom senso.