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O país necessita do PSD? Claro que sim, respondem todos ou quase todos. O PSD está, neste momento, para não falar nos últimos meses, a responder a essa necessidade, que classificaria de premente? Não, é a resposta da esmagadora maioria. Aliás, nem os mínimos cumpre.
Costuma-se dizer que não se deve falar mal dos nossos em público. Correcto e afirmativo, como se ouve dizer. Todavia, a excepção só confirma a regra. Por isso, e contra vontade, eis o meu grito de revolta com vista a dar um pontapé na crise que continua a assolar o PSD.
Caramba, já chega de tiros nos próprios pés? Parece que a cada tiro cai um melro. Foi e é o caso do Salvador Malheiro e a sua arregimentação de votos, algo enraizado no PSD e não só, que ainda não está cabalmente esclarecido. Foi a escolha pessoal de Rui Rio relativamente a Elina Fraga, perfeitamente escusada, e que serviu para acicatar ânimos em vez de apaziguar. A rebelião no seio do grupo parlamentar ainda está para durar. E, agora, a cereja em cima do bolo, quando o presidente recém-eleito clamou por mais ética, eis que o seu (e nosso) secretário-geral, Feliciano Barreiras Duarte, alegadamente falsificou um documento concernente às suas habilitações, uma estontaria que não passa de uma de parolice muito nacional.
Assim sendo, e elencados alguns dos “pecados”, é altura de arregaçar as mangas e mostrar que se têm ideias e projectos concretos e assertivos para fazer frente àquilo que a sociedade portuguesa padece.