Muito se tem falado da TAP, bem como da Efacec. Ambas as empresas com privatização em marcha, cujo custo, sem a menor dúvida, para além de não ser de somenos importância, recai sobre os ombros dos portugueses. Aliás, este é um filme já visto e revisto centenas de vezes no pós 25 de Abril. Nacionaliza-se incutindo na opinião pública que é a melhor solução ou, por outro lado, os “peões de brega” dizem-nos que é a única solução para salvar as ditas empresas intervencionadas. Mais tarde, porque sabemos muito bem como é o the end, acaba tudo como sempre acabou: enormes investimentos, acompanhado de sucessivos prejuízos, os quais, mais ano, menos ano, acabamos por pagar com língua de palmo. Os exemplos não faltam e se estes erros podem ser apontados principalmente à esquerda, a direita não está isenta de culpas.
Todavia, o que me irrita sinceramente é a invocação do interesse dos portugueses. Por exemplo, não acredito que queiramos ter uma companhia aérea de bandeira independentemente do custo. Quantos países, mais importantes que nós na cena internacional, que não possuem uma empresa aérea nacional? Por mim, podem limpar as mãos à parede. A mim interessa-me muito mais que não vão com a mão ao meu bolso do que preocupar-me com o facto de, residentes e/ou emigrantes, viajarmos predominantemente através de uma companhia nacional.
Finalmente, estou perfeitamente convencido que a maioria dos portugueses pensa como eu.